Preso por assassinato, ex-senador é suspeito de estuprar filha
Politica
Publicado em 18/11/2023

Telmário está preso atualmente em Goiás apontado como mandante do assassinato de Antônia Araújo de Sousa, com quem ele teve uma filha, que o acusa da violência sexual

 

 

Por Saymon Lima (MN)

 

A Justiça de Roraima decretou mais uma prisão para o ex-senador Telmário Mota. Desta vez, o mandado trata-se de um processo em que ele é suspeito de estuprar a própria filha. Telmário está preso atualmente em Goiás apontado como mandante do assassinato de Antônia Araújo de Sousa, com quem ele teve uma filha, que o acusa da violência sexual.

 

 

 

De acordo com o delegado João Evangelista, responsável pela investigação, o depoimento que Antônia Araújo de Sousa daria à Justiça sobre o estupro da filha seria crucial no processo, e isso pode ter motivado o crime. Ela foi assassinada com um tiro na cabeça três dias antes da audiência em que iria depor.

 

Telmário Mota foi preso em Goiás no dia 30 de outubro, após ser considerado foragido. A prisão se deu no âmbito da operação Caçada Real, deflagrada para aprofundar investigações sobre a morte de Antônia, com quem Telmário teve uma filha, que o acusa de estupro. No entanto, o ex-senador afirma ser inocente e nega os crimes.

 

Ex-senador Telmário Mota e Antônia Araújo de Sousa | FOTO: Reprodução

Em agosto de 2022, a filha o acusou. Ela afirmou que ele tocou em suas partes íntimas e tentou arrancar a sua roupa no Dia dos Pais. Na época, ela tinha 17 anos. Ao G1, a jovem disse que na época, Telmário forçou ela entrar em seu carro e a tomar bebidas alcoólicas. Também disse que o senador tomou seu celular durante os assédios para que ela não pedisse ajuda para ninguém.

 

"Por ele ser meu pai, por eu ter saído várias vezes com ele eu nunca imaginei [que isso aconteceria]. Desde pequena a gente mantinha contato, ele era distante, mas eu era a filha mais próxima dele. Ele nunca tinha dado sinal de um comportamento assim comigo, nunca. Nem para mim, nem para as outras filhas dele. Abalou todo o meu mundo", disse.

 

 

O caso foi registrado na Polícia Civil como estupro de vulnerável. A juíza Graciete Sotto Mayor Ribeiro, da Vara de Crimes Contra Vulneráveis, chegou a conceder uma medida protetiva em favor da filha.

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