No ano passado, logo após ser eleito, o presidente Lula utilizou as redes sociais para questionar a população sobre a volta do mecanismo
O Ministério de Minas e Energia afirmou que atualmente não há planos de reintroduzir o horário de verão no Brasil. Em comunicado, a pasta deixou claro que a implementação dessa medida está descartada por enquanto. O horário de verão, que tradicionalmente era adotado entre outubro e fevereiro em algumas regiões do país, foi abolido em abril de 2019, durante o primeiro ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Em virtude do planejamento seguro implantado pelo ministério desde os primeiros meses do governo, os dados não apontam, até o momento, para nenhuma necessidade de implementação do Horário de Verão", diz a nota do MME.
No ano passado, logo após ser eleito, o presidente Lula utilizou as redes sociais para questionar a população sobre a volta do mecanismo. Ele abriu uma enquete e perguntou: "O que vocês acham da volta do horário de verão?" O "sim" teve 66,2% dos votos na enquete do presidente, contra 33,8% de pessoas contrárias ao horário de verão e que votaram "não".
QUEM CRIOU O HORÁRIO DE VERÃO
O horário de verão teve sua estreia no Brasil em 1931, quando o presidente da época, Getúlio Vargas, o implementou com o objetivo de aproveitar ao máximo a luz solar durante os meses mais quentes do ano. A prática foi interrompida em 1967 e somente retomada na década de 1980 devido a desafios na produção de energia em hidrelétricas. Naquela época, não havia uma padronização quanto à sua duração e data, sendo variável a cada ano.
A regulamentação do horário de verão ocorreu em 2008, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando se tornou uma prática permanente. No entanto, ao longo dos anos, mudanças nos hábitos dos consumidores e avanços tecnológicos diminuíram a importância da economia de energia associada a essa medida.
Não é invenção brasileira, sendo adotado por vários países e regiões do mundo. A ideia é do político e cientista norte-americano Benjamim Franklin, no ano de 1784, sendo primeiramente adotada somente no início do século 20, durante a Primeira Guerra Mundial, pela Alemanha, país que precisava economizar os gastos com carvão mineral em razão dos tempos difíceis do combate e dos gastos militares.
(Com informações da Folhapress)