Pelo menos 42 municípios da região sul do Tocantins serão beneficiados
AFnoticias
O tramo sul da Ferrovia Norte-Sul, que sai da cidade Porto Nacional (TO) e vai até o porto de Santos, em São Paulo, deve entrar em operação a partir de maio deste ano. Isso será possível com a finalização das obras que ligam Ouro Verde (SP) a Rio Verde (GO), prevista para abril.
A informação é do vice-presidente de Expansão e Regulação da Rumo, Guilherme Penin, que esteve reunido com o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, na tarde dessa terça-feira (17), no Palácio Araguaia.
A reunião técnica teve como objetivo apresentar ganhos ao Estado do Tocantins a fim de viabilizar a operacionalização do trecho tocantinense, ainda inoperante.
O governador Wanderlei Barbosa afirmou que a notícia chega em ótimo momento, uma vez que o governo vem investindo no processo de industrialização do Estado, com o fortalecimento dos pequenos, médios e grandes municípios. “Cito como exemplo Campos Lindos, que é um pequeno município, mas que produz muito. Nosso Estado está crescendo bastante e ter no nosso território esse modal ferroviário, que é de suma importância para o escoamento da produção, auxilia no processo”, ressaltou Wanderlei Barbosa.
O vice-presidente de Expansão e Regulação da Rumo, Guilherme Penin, apresentou o plano de investimentos e atuação do Grupo para o Tocantins, além de alinhar administrativamente projetos de comum interesse, com objetivo de possibilitar a redução de custos logísticos e possibilitar a integração de sistemas de transporte em todo o país.
“Nós estamos concluindo as obras da Ferrovia Norte-Sul a todo vapor. Em abril concluímos as obras entre Ouro Verde e Rio Verde, em Goiás, o que permitirá que o Tocantins esteja conectado à ferrovia, no sentido sul. Isso abre, para o Tocantins, uma nova perspectiva para o produtor, de contar com o modal ferroviário um acesso ao Porto de Santos, o maior porto do Brasil”, ressaltou Guilherme, ao lembrar que a malha paulista é a principal malha ferroviária do país, sendo a primeira construída em solo brasileiro e aquela que abre as portas do Brasil para importação e exportação.
O secretário de Indústria e Comércio do Tocantins, Carlos Humberto Lima, compartilha desse entendimento e afirmou que obter acesso aos portos de Santos, Vitória e Paranaguá, por meio do modal ferroviário, abre novas portas de escoamento de produção, expandindo, inclusive, a área de atuação. “O Tocantins tem sua economia lastreada, principalmente, pelo agronegócio. A entrada em operação do tramo sul permitirá a chegada de novas agroindústrias na região centro sul do Estado”, explicou.
O mercado pecuário tocantinense também será bastante beneficiado com a ativação deste trecho da Ferrovia Norte Sul. Para o secretário de Agricultura e Pecuária, Jaime Café, esse modal oportuniza o transporte dos produtos resfriados para portos mais ao sul do País, facilitando, inclusive, o processo de exportação. “Isso trará uma maior competitividade ao produto tocantinense, uma vez que o custo do modal ferroviário é menos que a metade do rodoviário”, contabilizou ao prever a liberação de rodovias, diminuindo o trânsito de carretas.
Também presente na reunião, o presidente da Associação Tocantinense dos Municípios (ATM), Diogo Borges, destacou a relevância da atividade exercida pelo Grupo Rumo Logística em parceria com o Governo do Tocantins e relembrou as verbas repassadas aos municípios a fim de fortalecer e melhorar as malhas viárias municipais e rodovias estaduais.
“O governador Wanderlei Barbosa conhece o Tocantins como poucos. Ele conhece o Estado e os municípios. Então já era de se esperar que o Governador buscasse sanar o problema de inoperância da Ferrovia Norte-Sul, o que vai ao encontro aos nossos anseios. Ele fez e fez com exatidão, logo no primeiro mês de mandato, botando essa ferrovia para impulsionar o desenvolvimento do Estado”, concluiu.
Rumo
A Rumo é a maior operadora de ferrovias do Brasil e oferece serviços logísticos de transporte ferroviário, elevação portuária e armazenagem. A companhia opera 12 terminais de transbordo, seis terminais portuários e administra cerca de 14 mil km de vias férreas nos estados de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Tocantins.
A base de ativos é formada por 1,4 mil locomotivas e 35 mil vagões. A Rumo está presente na 18ª carteira do ISE B3, o Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 que reconhece as empresas que são referências em práticas ESG.
Vice-presidente do Grupo Rumo, Guilherme Penin / Foto: Divulgação