Sediado virtualmente pelo Ministério Público do Maranhão, por meio de sua Escola Superior, foi aberto, na manhã de ontem, quinta-feira, 3, o IX Encontro Nacional do Serviço Social do MP. Realizado desde 2006, o evento tem como tema “Os impactos das contrarreformas nas políticas públicas e na atuação institucional de Assistentes Sociais do MP: o trabalho remoto e os dilemas éticos no exercício profissional da/o assistente social no MP”.
A programação prossegue até esta sexta-feira, 4, e pode ser acompanhada pelo canal do YouTube da Escola Superior do Ministério Público do Maranhão.
Compondo o dispositivo de honra, a assistente social do Ministério Público do Maranhão Marizângela Taveiro foi a primeira convidada a se manifestar na abertura. “Queria falar da nossa alegria com a realização desse encontro, que foi pensado para ser um espaço imprescindível de discussão e organização de nossa categoria no âmbito de uma instituição com a relevância social que tem o Ministério Público”, disse.
Em seguida, a conselheira do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), assistente social do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, Emilly Marques, ressaltou a importância da realização do encontro como forma de estímulo à organização da categoria. “Nós vivenciamos uma dura conjuntura de metamorfose dos direitos do trabalho e a precarização dos serviços que nos impactam diretamente e consequentemente a população que nós atendemos. Então, esperamos o compromisso da instituição com a garantia dos direitos do trabalho, com a luta por concursos públicos, oferecendo condições éticas e técnicas para as assistentes sociais e todos os trabalhadores”.
A diretora da Escola Superior do MPMA, Karla Adriana Farias Vieira (foto acima) iniciou o seu pronunciamento destacando que a atuação do Ministério Público na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, está em sintonia com a atuação dos profissionais do Serviço Social. “Estamos irmanados pela missão constitucional que nos foi delegada. A complexidade das demandas recebidas do Ministério Público não nos permite mais uma leitura descompromissada dos debates que circunscrevem a esfera econômica e social, sobretudo no fomento de políticas públicas”, afirmou, referindo-se à temática do encontro.
Encerrou a abertura o procurador-geral de justiça em exercício, Danilo José de Castro Ferreira. “Eu sempre digo que dois profissionais deveriam ser muito valorizados no Brasil: o pedagogo e o assistente social, porque vivemos numa sociedade extremamente desassistida com pessoas sem qualificação. Então, esse debate é fundamental para tentar contornar as dificuldades em meio a tantas necessidades. O Serviço Social tem um papel relevante em toda essa problemática”, declarou.
PALESTRAS
A programação do encontro foi aberta com o painel “O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação na reorganização do trabalho e o impacto no Serviço Social”, apresentado pela professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), Raquel Raichelis Degenszajn, seguido de “Impactos das contrarreformas nas políticas públicas e na atuação institucional de assistentes sociais do Ministério Público”, proferido pela promotora de justiça do Ministério Público do Paraná, Denise Ratmann Arruda Colin, em parceria com a promotora de justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Silvia da Silva Tejadas. Os debates foram mediados pela assistente social do MPMA, Adriana Rodrigues Cunha.
Fonte: CCOM-MPMA
