Educação alerta que cyberbullying aumentou no período de pandemia e destaca ações de conscientização
Politica
Publicado em 07/04/2022

No Dia Nacional de Combate ao Bullying, violência no ambiente virtual preocupa educadores e requer ações integradas

 

Cristiano Viana / Governo do Tocantins

Desde os tempos mais remotos até os dias atuais, alunos, pais e educadores estão sujeitos a lidar com o bullying dentro e fora das escolas. São situações de violência que podem ocorrer no ambiente “real” ou no mundo virtual, o que se convencionou chamar de cyberbullying, facilmente observado nas mídias digitais. Para prevenir e alertar sobre esses problemas, a data de 7 de abril foi instituída como o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola.

Uma pesquisa divulgada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelou que a cada 30 segundos um menor se torna usuário da internet em nível mundial. Cerca de 40% dos ouvidos pelo levantamento demonstraram receios com a insegurança no ambiente virtual.

A técnica de orientação educacional da Secretaria da Educação (Seduc), Nayse Carmo Maia, lembra que o período de pandemia intensificou o uso das redes sociais por parte de crianças e adolescentes. Com isso, observou-se também um aumento nos casos de cyberbullying, em que alunos se agridem através de vídeos, mensagens, falas e prints para intimidar e envergonhar os colegas.

Combate à evasão

O Programa Evasão Escolar Nota Zero foi criado pela Seduc para fazer a busca ativa dos alunos que deixaram de frequentar a escola por causas diversas, inclusive por alguma violência sofrida no ambiente doméstico, escolar ou virtual. Este trabalho envolve as 13 Diretorias Regionais de Educação (DRE) do Tocantins e todas as escolas da rede estadual de ensino, que promovem ações preventivas e também atuam na resolução de casos de violência e de bullying.

Casos mais graves são reportados aos pais e encaminhados para a rede de proteção estudantil, organizada em comitês regionais e composta por centros de referência e assistência (Creas e Cras), Ministério Público, Defensoria Pública e pelos conselhos tutelares. Os alunos que necessitam de assistência psicológica ou médica são levados ao conselho tutelar local, que por sua vez encaminha a vítima e/ou o agressor para serem atendidos em unidades de saúde.

 

Apoio socioemocional

A Seduc também oferece assistência psicológica, cursos on-line e palestras por meio do Programa Olhar Atento, fruto de parceria com instituições públicas e privadas como Universidade Federal do Tocantins (UFT), Instituto Península, Instituto Airton Senna (IAS), Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat) e Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Soluções e Conflitos (Nupmec). O programa oferece apoio socioemocional aos estudantes e profissionais da rede estadual de ensino durante e após a pandemia da covid-19.

A pasta realiza ainda o monitoramento constante para identificar e acompanhar as ocorrências de intimidação e atos de violência ocorridos nas unidades escolares.

Dia Nacional

A data foi criada por meio da Lei Federal nº 13.277/2016 para estabelecer e reforçar o empenho em medidas de conscientização e prevenção ao bullying. Também chamado intimidação sistêmica, o problema pode ser definido como todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo contra uma ou mais pessoas com a intenção de intimidar ou agredir. Situações que podem causar dor e angústia à vítima em uma relação de desequilíbrio de poder.

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