Você já entrou em uma loja e reconheceu o ambiente só pelo cheiro? Marcas de luxo e lojas sofisticadas investem na chamada identidade olfativa para criar uma experiência única aos clientes. Agora, quem decidiu apostar nesse tipo de sofisticação foi o Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE-TO), mas recuou em meio à polêmica.
A Corte firmou um contrato no valor de R$ 11 mil com a empresa Leonora Indústria e Comércio de Perfumes Ltda para desenvolver uma fragrância exclusiva para os ambientes internos do órgão. O contrato, assinado na quarta-feira (23), foi firmado por meio de dispensa de licitação — procedimento legal, mas que levanta questionamentos quando se trata da aplicação de recursos públicos. O caso foi mostrado em reportagem do Jornal Opção Tocantins.
Segundo o presidente do TCE-TO, conselheiro Alberto Sevilha, a proposta era "fortalecer a identidade institucional" e proporcionar uma "experiência sensorial diferenciada" a servidores e visitantes.
A repercussão nas redes sociais foi imediata. E, diante da pressão, o contrato foi cancelado já no dia seguinte (24). Um exemplo de como o jornalismo sério e atento pode fazer diferença na fiscalização do uso do dinheiro público.
Texto: AF Noticias