Morte de empresário: polícia indicia executores e mantém investigação sobre mandante
Crime ocorreu em plena luz do dia e deixou a cidade em choque; motivação ainda é desconhecida
Por Administrador
Publicado em 22/12/2025 12:11
Politica

A Polícia Civil do Tocantins concluiu, nesta segunda-feira (22), o inquérito relacionado ao assassinato do empresário Silvano Biliu, ocorrido em 29 de novembro de 2025, em Darcinópolis, e indiciou dois homens pela execução do crime. As investigações, no entanto, seguem em andamento para identificar o possível mandante do homicídio, que apresenta fortes indícios de ter sido planejado.

De acordo com a 31ª Delegacia de Darcinópolis, A.R.F., de 34 anos, foi indiciado como autor dos disparos que mataram o empresário. Já R.H.M.L., de 33 anos, responde como coautor, por ter conduzido o veículo utilizado na fuga. Ambos tiveram participação direta na ação criminosa, segundo apuração policial.

As investigações apontaram que os suspeitos chegaram ao município cerca de dois dias antes do crime e se hospedaram em um hotel da cidade. Nesse período, foram identificadas ao menos duas visitas à loja de materiais de construção da vítima, sob o pretexto de compra de torneiras. Conforme a Polícia Civil, a conduta teve como objetivo observar a rotina do empresário e planejar a execução.

No dia do crime, o empresário foi abordado de forma repentina em via pública. Testemunhas relataram que o autor dos disparos agiu de maneira rápida e, logo após, fugiu no veículo conduzido pelo comparsa. Uma testemunha ocular reconheceu formalmente A.R.F. como o responsável pelos disparos.

A ação policial resultou na interceptação do veículo utilizado na fuga, nas proximidades do município de Riachinho. No interior do automóvel, os investigadores apreenderam uma munição intacta de calibre .38 e duas torneiras compradas na loja da vítima, elementos que reforçaram a linha investigativa. Os suspeitos foram presos em flagrante e encaminhados à 5ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Araguaína.

Durante o inquérito, a Polícia Civil reuniu um conjunto de provas considerado robusto, incluindo imagens de câmeras de segurança, reconhecimentos fotográficos feitos por testemunhas, rastreamento do deslocamento do veículo e exames periciais que confirmaram a causa da morte.

Com base nesses elementos, o crime foi enquadrado como homicídio qualificado, praticado mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima. Segundo a investigação, os autores se aproximaram da vítima sob falsa condição de clientes, o que impediu qualquer possibilidade de reação.

MANDANTE DO CRIME

Apesar da conclusão do inquérito quanto à autoria direta, a Polícia Civil apura a possível participação de um mandante. Aparelhos celulares apreendidos com os investigados foram encaminhados ao Núcleo de Computação Forense para análise detalhada, com o objetivo de esclarecer a motivação do crime e identificar eventuais articuladores.

Segundo o delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, responsável pelas investigações, os indícios apontam para um crime encomendado. “As provas são convergentes e demonstram que houve planejamento prévio. Os investigados vieram de outro estado, monitoraram a rotina da vítima e executaram a ação com frieza. As investigações continuam para identificar quem determinou a execução”, afirmou.

Com a formalização do indiciamento, os autos foram encaminhados ao Poder Judiciário e ao Ministério Público do Estado para as providências legais cabíveis. A Polícia Civil reforça que o caso permanece em investigação até o completo esclarecimento dos fatos e a identificação de todos os envolvidos.

Fonte: AF Noticias

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