Cacique Raoni: 'Pedirei a Lula que não incentive o petróleo na Amazônia'
Por Arimateia Jr
Publicado em 24/03/2025 23:22
Politica

Com a chegada do cacique Raoni, reconhecido pelo grande disco labial, símbolo de um guerreiro, os demais líderes se levantam e abrem passagem

O líder indígena mais respeitado do Brasil, determinado a exigir que o presidente Lula deixe de apoiar a exploração de petróleo perto da Amazônia

 

O líder dos kayapó, povo que habita principalmente uma reserva na floresta amazônica, não recua em sua luta iniciada há décadas, que o levou a denunciar perante os poderosos do mundo as ameaças sofridas pelos povos indígenas por ações do homem branco, como o desmatamento e o garimpo ilegal.

 

Às portas da cúpula climática da ONU, a COP30, que será realizada em novembro em Belém do Pará, Raoni anuncia que em breve receberá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sua terra, durante entrevista com a AFP em seu instituto de defesa das comunidades originárias em Peixoto de Azevedo, no Mato Grosso.

 

 

Entre seus objetivos está pedir ao presidente que desista de um megaprojeto oficial para explorar petróleo na Margem Equatorial, uma área marítima próxima da costa amazônica, que gerou duras críticas dos ambientalistas.

 

Raoni também lembrará Lula, que o convidou pessoalmente à sua posse, em 2023, de sua promessa de avançar na demarcação das terras indígenas, destinada a assegurar a sobrevivência dos povos considerados chave para salvaguardar a maior floresta tropical do planeta.

 

 

Nascido em data desconhecida, estima-se que Raoni, várias vezes mencionado como possível ganhador do prêmio Nobel da Paz, tenha cerca de 90 anos. Embora tenha se mudado para a cidade de Peixoto de Azevedo para cuidar da saúde, ele sempre viveu em Metuktire, uma aldeia de 400 habitantes às margens do rio Xingu.

 

 

Ele espera a visita de Lula no começo de abril, segundo seu entorno e autoridades locais, uma data não confirmada até o momento pelo governo. 

Fonte: AFP-ffb/app/mvv

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