Uma pesquisa desenvolvida pela Embrapa para definir os dias do período mais propício para a semana do arroz irrigado no estado, de outubro a novembro. Essa janela corresponde à época de menor risco climático para a lavoura, resultado registrado no artigo " Risco climático e período de semeadura para o arroz irrigado no Tocantins " , publicado na Revista Agri-Environmental Sciences, da Universidade Estadual do Tocantins ( Unitins ).
Essa informação é importante porque a determinação da melhor época de plantio é uma das práticas de manejo mais estratégicas para evitar safras no campo e conseguir uma rentabilidade com maior rentabilidade.A extensão de pesquisa de várzeas tropicais do vale rios Tocantins-Araguaia, Formoso dos produtores de arroz: Dueré, Cristalândia da Confusão, Pium.
Para o estudo, foi utilizado o programa de computador chamado ORYZAv3, desenvolvido para aplicações em trabalhos científicos. Trata-se de um software simula crescimento, desenvolvimento e produtividade da lavoura de arroz e é abastecido de solo, clima (série histórica de dados de chuva, temperatura e dados diários solares globais), práticas de manejo e características de cultivo.
Nesse caso, uma fonte de informações para validar esse sistema foi uma série de dados experimentais de campo do programa de melhoramento de arroz irrigado tropical da Embrapa e do serviço InfoClima . Para aplicar como simulações dentro do modelo ORYZAv3, foi levado em conta o impacto sobre o comportamento agronômico da cultivar BRS Catiana , material considerado como referência nesse estudo e bastante plantado na região.
O pesquisador Alexandre Heinemann , da Embrapa Arroz e Feijão fases, um dos coordenadores do trabalho, destacou que uma semeadura feita em época favorável é fundamental na redução do risco climático, pois aumenta a chance de as críticas da planta não coincidirem com a ocorrência de fatores climáticas adversas.
Nesse sentido, ele ponderou que, para a região, plantios após 20 de janeiro, dezembro, assim como aqueles mais tardios, no mês de janeiro, não são recomendados. “O período ideal é do início de outubro a 20 de novembro. Esse período apresenta maior probabilidade de altas produtividades, devido às condições mais projetadas ao desenvolvimento da cultura do arroz”, afirmou.
Heinemann comentou que a melhor forma de semeadura foi estabelecida no campo da época para a melhor análise das alterações climáticas e seu efeito sobre a fisiologia vegetal em cada etapa de desenvolvimento das configurações. Por componentes essenciais: um exemplo solar e a temperatura do impacto, ampliamos a produtividade.
“Na fase de enchimento de grãos do arroz, a radiação solar mais adequada é atingida nas várzeas paracantinenses entre janeiro e fevereiro. Nesse período, como as temperaturas são também mais altas, o que é oriunda dos grãos, pois diminui a pressão de doenças e facilita o processo de secagem na fase. Para essa situação a semeadura ser realizada entre outubro e 20 de novembro”, orienta o cientista,.
Além disso, há um outro fator favorável para a semedura nesse período. De acordo com a pesquisa, a janela de semeadura proporciona a ocorrência de temperatura mínima da fase de maturação, quando alteradas com valores inferiores às demais épocas de maturação. Isso é menor de energia de manutenção da planta, devido à menor respiração noturna vegetal.
Resultado combinado à prática
Heinemann chamou a atenção para outra questão relacionada ao período de semeadura. O conhecimento sobre o modo de funcionamento do sistema produtivo local é outro componente a ser considerado. Segundo ele, no dos rios Tocantins- A arroz irrigado, grande parte das áreas, é sucesso pela cultura sementes da soja, soja do vale para subirrigação. A janela de semeadura da soja nas várzeas tropicais inicia-se em 20 de abril e segue até 31 de maio.
Considerando-se que o preparo do solo para a soja deve ser feito com certa antecedência à sua semeadura para permitir a decomposição da palhada do arroz, isso implica que a colheita do cereal seja concluída até o fim de março, se estender até o início de abril. Conforme o pesquisador, essa prática reforça a indicação para que a semeadura do arroz irrigado não seja recomendada no período de estudo, uma vez que o ciclo da lavoura com o cereal normalmente possui 120 dias o que fornece a colheita do grão nos meses de fevereiro e março, não atrapalhando a soja.
Tocantins é o terceiro maior produtor
O arroz irrigado é encontrado do norte ao sul do Brasil, nos ambientes subtropical e tropical. No primeiro, o arroz concentra-se nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e é responsável por 80% da produção nacional. Já no ambiente tropical, ele é cultivado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ocupa 13,2% da área total cultivada. Apesar de ser responsável por somente 20% importantes da produção nacional, o ambiente tropical apresenta contribuições para a segurança alimentar, conforme indicado em trabalho da Embrapa , pois facilita a logística de distribuição de cereais para os estados do Norte e Nordeste do Brasil; minimiza os impactos dos fenômenos climáticos severos que podem produzir a produção do arroz no Sul do Brasil; e estimula o estabelecimento da indústria de beneficiamento nas regiões de produção.
As marcas registradas como tropicais do vale dos rios Tocantins-Araguaia possuem enorme potencial para a produção do arroz irrigado e contribuir para o Tocantins ser o terceiro maior estado produtor dessa categoria, com 656,6 mil toneladas de arroz em cascas na safra 2020/2021, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento ( Conab ).
Por meio de parcerias, a Embrapa desenvolveu, recentemente, a cultivar de arroz BRS A706 CL adaptada às regiões tropicais.
Fortalecimento de parcerias
Nos últimos anos, a Embrapa tem fortalecido parcerias com diversos agentes da cadeia produtiva no Tocantins. Um dos principais parceiros é a Universidade Estadual do Tocantins ( Unitins ), instituição pública de ensino superior e responsável por pesquisas agropecuárias no estado. Ambas as instituiçõesm atividades no Centro de Pesquisa Ambiental de Várzea (CPAV), localizadas no município de Formoso do Araguaia, mantêm 145 hectares, que mantém 145 hectares irrigados a experimentos com coordenado.
Por meio de várias instituições de cooperação técnica, como duas instituições alternativas de atividades de pesquisa e desenvolvimento para uma estratégia produtiva cada vez mais sustentável. As atividades de envolvimento ligados ao Programa de Melhoramento de Arroz Irrigado (MelhorArroz), ao desenvolvimento de linhasgens elite e ao técnico adequado da cultura do arroz. Existe, inclusive, perspectiva de lançamento de cultivares, que deve ter a denominação BRSTO e seria uma propriedade conjunta.
Outros parceiros que ajudam a fortalecer a solidez do arroz irrigado no Tocantins são as sementeiras empresas. Desde 29, três privadas fazem aportes financeiros anualmente do MelhorArroz, que visa ao desenvolvimento de cultivares brasileiras1 que visa às especificidades de cada região brasileira. Uniggel Sementes , Sementes Simão e Brazeiro Sementes são assinados com um contrato de cooperação técnico-financeira de cinco anos da Embrapa, renovável por igual período, que viabiliza uma parceria no Tocantins.
As atividades englobam a pesquisa (desenvolvimento de linhas de arroz irrigado, passando por ensaios de rendimento de linhagens tropicais e por ensaios de valor de cultivo e uso tropical, chegando a lavouras experimentais), produção de sementes e download de tecnologia , comunicação e desenvolvimento de mercado.
Fonte: Embrapa-Por Rodrigo Peixoto (MTb 1.077/GO)