Em nota, aHutukara Associação Yanomamilembrou que outros casos de violência sexual foram registrados e publicados recentemente no relatório “Yanomami Sob Ataque”.
A reportagem é publicada por Instituto Socioambiental – ISA, 28-04-2022.
A Hutukara Associação Yanomami (HAY) comunicou nesta quarta-feira (27/4) em nota que está acompanhando o caso do ataque de garimpeiros à comunidade Aracaçá, na região Waikás, Terra Indígena Yanomami e exigiu que osinvasores ilegaissejam retirados do território.
Conforme relatos, garimpeirosteriam estuprado e matado uma adolescente de 12 anos, e sequestrado outra mulher e uma criança, que desapareceu nas águas do rio ao tentar fugir. A associação indígena disse que está apurando mais informações junto às comunidades para esclarecer os fatos e encaminhar o que for necessário junto às autoridades.
A HAY também destaca no documento que episódios deviolência sexualcontra crianças, adolescentes e mulheres Yanomami praticadas por garimpeiros invasores já foram registrados em outras regiões e publicados recentemente no relatório Yanomami Sob Ataque. O relatório também denuncia casos de violência armada e ameaças de garimpeiros contra a vida dosYanomamie Ye’kwana.
A organização relembra que a região de Waikás é a mais impactada pelo garimpo ilegal na TIY, com 25% do aumento da devastação de 2020 a 2021. “E a comunidade Aracaçá já foi o centro de um estudo conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde 92% das pessoas que participaram do estudo apresentaram índices elevadíssimos de contaminação de mercúriosno corpo, resultado do garimpo ilegal na região”, afirmou a Hutukara.
O nota também destaca que a comunidade Aracaçá está próxima à região dePalimiu, onde em maio do ano passado ocorreram seguidosataques de garimpeirosarmados e uma criança morreu afogada tentando fugir para se proteger dos invasores.
“Mesmo com toda a violência, a Base de Proteção Etnoambiental (Bape) da Funai, que deveria proteger o acesso ao Rio Uraricoera ainda não foi reativada e o garimpo continua atuando livremente”, diz o documento.
Confira na íntegraa nota da Hutukara que pede mais uma vez que o Estado brasileiro cumpra o seu dever constitucional e promova urgentemente aretirada dos invasores.
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