Arara Azul do Brasil, extinta há 25 anos, nasce em um zoológico belga
Zoológico belga Pairi Daiza revelou o nascimento excepcional de um ararinha-azul
Por Administrador
Publicado em 30/12/2025 00:10
Politica
Iniciativas internacionais para a recuperação da ararinha-azul

Em um anúncio emocionante, o zoológico belga Pairi Daiza revelou o nascimento excepcional de um ararinha-azul, ave originária do nordeste do Brasil que foi considerada extinta na natureza há 25 anos. Esse nascimento ocorreu em 21 de setembro no Centro de Conservação de Espécies de Aves Ameaçadas do Pairi Daiza, localizado no sudoeste da Bélgica. Este feito faz parte de um programa internacional de reprodução desenvolvido em colaboração com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Brasil, e o zoológico de São Paulo.

Desde a chegada da espécie ao parque belga, os ararinhas já produziram cerca de 100 ovos, mas nenhum havia sido fecundado até essa centésima primeira tentativa, da qual um filhote conseguiu romper a casca. Esse resultado representa um sopro de esperança para a conservação da espécie. Desde o nascimento, o pequeno ararinha precisa ser alimentado manualmente a cada duas horas, um cuidado que evidencia a fragilidade dos seus primeiros dias de vida. Seu peso inicial era de apenas 13 gramas, e já aumentou para pouco mais de 30 gramas.

Por que é importante conservar a ararinha-azul?

A relevância desse nascimento está ligada à oportunidade de garantir a continuidade genética de uma espécie considerada extinta na natureza desde o ano 2000. A ararinha-azul ganhou destaque mundial ao inspirar o personagem Blu, do filme animado “Rio”. No entanto, por trás da fama está uma história marcada pela extinção gerada pela perda de habitat e pela captura ilegal. A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) classifica a ararinha-azul como extinta na natureza, o que reforça a importância dos esforços de conservação em cativeiro.

O nascimento em Pairi Daiza faz parte de uma ampla iniciativa internacional para recuperar essa espécie. Além do centro belga, o programa de conservação envolve parcerias com instituições no Brasil, onde há projetos para reintroduzir as ararinhas em seu habitat natural por meio da criação controlada em cativeiro. Essas ações dependem de cooperação global, comprometimento de longo prazo e apoio financeiro e técnico.

Quais são os desafios na conservação de aves ameaçadas?

Conservar espécies como a ararinha-azul envolve diversos desafios, como manter a diversidade genética em populações reduzidas e garantir a viabilidade dos programas de reintrodução. A destruição do habitat natural, as mudanças climáticas e a limitação de recursos seguem como ameaças. Por outro lado, avanços em biotecnologia e o aumento da conscientização pública trazem novas ferramentas para enfrentar essas dificuldades. O caso da ararinha-azul destaca a importância da conservação ex situ, onde zoológicos e centros especializados desempenham um papel crucial na preservação de espécies à beira da extinção.

 Fonte/Créditos: O Antagonista

 Créditos (Imagem de capa): Recuperação das espécies - Créditos: depositphotos.com / shinylion

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