PF destrói mina ilegal de cobre onde garimpeiros foram soterrados
Publicado em 02/03/2025 09:43
Politica

Local é o mesmo onde três trabalhadores ficaram soterrados em janeiro deste ano e já havia sido desativado há três semanas

Divulgação | Ascom PF

A Polícia Federal, em parceria com ICMBio e Força Nacional, destruiu a estrutura do garimpo de cobre na manhã desta sexta-feira (28/2), no município de Canaã dos Carajás, sudeste paraense. O local é o mesmo onde três garimpeiros ficaram presos em um poço aberto ilegalmente em janeiro deste ano e que já havia sido inutilizado em outra ação.

 

Segundo a PF, foram destruídas nove minas de cobre, que são poços chegam a alcançar 50 metros de profundidade e 100 metros de comprimento total. A polícia informou que o trabalho é arriscado e, em muitos casos, análogo à escravidão. 

 

Além das minas, a operação também resultou na destruição de uma rede elétrica irregular, composta por quatro postes de luz, três transformadores e nove centrais elétricas. Também foram inutilizados nove motores de suspensão, nove guinchos de retirada, um motor estacionário, uma retroescavadeira, 35 emulsões explosivas, quatro espoletas, 40 metros de fios detonantes, quatro acampamentos e uma pá carregadeira.

 

A operação foi conduzida em seis etapas, envolvendo especialistas em salvamento terrestre, em altura e mergulhadores. Com o apoio do governo estadual, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e de moradores da região, o resgate foi concluído com sucesso.

 

No dia 7 de fevereiro, ação da PF com o ICMBio, Ibama e Força Nacional inutilizou maquinário e cumpriu mandados de busca e apreensão em pontos de extração ilegal de cobre. Na ocasião, foram inutilizados ou apreendidos 10 motores estacionários, 15 acampamentos, duas canoas, um motor rabeta, duas armas artesanais e duas pás carregadeiras.

 

Em 21 dias o mesmo ponto ilegal de extração de cobre já estava de novo em pleno funcionamento, em seis dos nove poços de extração. De acordo com a Polícia Federal, dois mandados de prisão contra responsáveis pelo crime ambiental permanecem em aberto. No início do mês foi realizada penhora solidária de R$ 6 milhões de três investigados, para reparar danos ambientais e econômicos.

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