Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Tocantins / Foto: Divulgação
AF Notícias
A demissão do militar trata-se de uma decisão administrativa
O sargento da Polícia Militar envolvido em um acidente de trânsito que causou a morte de um taxista em Araguaína, no ano de 2019, foi demitido da corporação por meio da Portaria nº 1012/2024, assinada pelo comandante-geral Márcio Antônio Barbosa de Mendonça. O documento foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira, 16 de dezembro.
O sargento Luiz Carlos Dias Oliveira já estava na reserva remunerada, mas teve a demissão oficializada com base em decisão do Conselho de Disciplina da PMTO. O departamento responsável pela Folha de Pagamento será comunicado da portaria.
A demissão do militar trata-se de uma decisão administrativa e ele ainda pode questioná-la na esfera judicial.
O acidente que matou o taxista Paulo Antônio Silva Rego ocorreu no dia 16 de fevereiro de 2019, em Araguaína. Na época, o sargento Luiz Carlos foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de homicídio culposo, sob a influência de álcool.
No dia do acidente, o militar foi preso em flagrante e recolhido numa cela na sede do 2º Batalhão da Polícia Militar de Araguaína.
Em depoimento na época, ele negou ter ingerido bebidas alcoólicas, mas se recusou a realizar o teste do bafômetro alegando defeito no equipamento. No entanto, os policiais do Batalhão Rodoviário e Divisas (BPMRED), responsáveis pela prisão do militar, atestaram que ele apresentava odor de álcool no hálito. Testemunhas também foram ouvidas.
O acidente ocorreu por volta das 23h55, na Avenida Filadélfia. O taxista conduzia um veículo Voyage, branco, e o militar, um Cruze. A Polícia Militar disse que o taxista invadiu a via preferencial, ocasionado a colisão com o carro do militar.
Paulo Antônio e uma passageira foram socorridos pelo Samu apenas com escoriações, mas o taxista sofreu hemorragia aguda e morreu no Hospital Regional de Araguaína (HRA) no dia seguinte.
OUTRO ACIDENTE
Em 2017, o sargento Luís Carlos já tinha se envolvido em outro acidente de trânsito e chegou a ser punido administrativamente pela Corregedoria da Polícia Militar. Na época, ele colidiu na traseira de uma motocicleta de um casal que voltava da igreja na Vila Azul. As vítimas foram arremessadas ao solo e tiveram vários ferimentos.
Os policiais rodoviários federais que atenderam a ocorrência atestaram que o militar estava sob efeito de álcool e ele foi conduzido à delegacia, mas o delegado plantonista da época não lavrou o auto de prisão em flagrante. Na ocasião, ele também se recusou a fase o teste do bafômetro.