Inmet indicou níveis severos de baixa umidade do ar no Maranhão na terça (10)
Com informações de James Pimentel | Cores Comunicação
Na terça (10), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) pôs o estado do Maranhão sob alertas amarelo e laranja de baixa umidade do ar. Os alertas são válidos até as 21h de hoje (10).
O alerta amarelo (de perigo potencial) abrange o Oeste, o Leste e o Centro do Maranhão; já o alerta laranja – de maior severidade – toma a Região Tocantina do estado.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a taxa de umidade ideal é entre 40 e 70%. Quanto ela atinge menos de 30%, o percentual já configura situação de alerta. Durante o tempo seco, cuidados com a saúde devem ser redobrados, incluindo adaptações nas atividades físicas.
Além de hidratar-se bastante, o exerícios físicos entre 11h e 15h devem ser evitados, segundo especialistas. Esse período costuma registrar índices mais baixos de umidade.
Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) listam Imperatriz, Carolina, Colinas e Alto Parnaíba como municípios maranhenses que registram índices de umidade na faixa dos 20% em ocasiões ao longo do mês de setembro.
Para se ter uma ideia, esse percentual é semelhante ao encontrado em locais como o deserto do Saara. Ainda de acordo com o Inmet, o quadro é causado pela combinação entre as altas temperaturas e a falta de chuvas.
A dona de casa Florisa Araújo tem sentido a pele mais seca e uma tosse persistente nas últimas semanas.
“Acordo com a garganta irritada e a sensação de nariz entupido. Sinto o peito cheio de secreção. A minha família toda está do mesmo jeito. É uma situação alarmante”, relata.
Florisa não está sozinha. Muitas pessoas na região tocantina têm enfrentado problemas de saúde semelhantes devido à queda drástica nos níveis de umidade do ar.
A situação é tão drástica que requer cuidados adicionais. O professor do curso de Enfermagem da Facimp Wyden, Claumir Júnior, alerta que a baixa umidade do ar pode causar diversos problemas de saúde.
“O ressecamento das mucosas que revestem o trato respiratório dificulta a proteção natural das vias aéreas, aumentando o risco de infecções respiratórias, como gripes e resfriados”, explica o profissional.
A baixa umidade também pode agravar doenças crônicas como asma e bronquite, além de causar irritações na garganta, nariz e olhos, levando a sintomas como tosse seca, dificuldade para respirar e sensação de desconforto nasal.
“O sangramento nasal e o comprometimento da imunidade também são consequências comuns da baixa umidade”, alerta Claumir Júnior.
Prevenção
Para se proteger em um tempo tão seco, o enfermeiro recomenda alguns cuidados diários.
“Hidratação constante, utilizar umidificadores de ar ou colocar bacias com água em ambientes fechados, além de evitar o acúmulo de poeira e outros alérgenos”, enumera.
O especialista finaliza:
“A baixa umidade do ar é um problema sério que exige cuidados especiais. É importante que as pessoas estejam atentas para perceber quando essa condição prejudica a saúde e buscar ajuda médica quando necessário”, orienta o enfermeiro.