A decisão será tomada pelo ministro Cristiano Zanin, e o pedido tramita em segredo de Justiça.
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Um dos alvos da ‘Operação 18 Minutos’, deflagrada no último dia 14 pela Polícia Federal, contra corrupção e lavagem de capitais, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Maranhão, Nelma Sarney Costa, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obter acesso às investigações que a envolvem. Ela foi afastada do cargo na ocasião por determinação do Superior Tribunal de Justiça.
A defesa da cunhada do ex-presidente José Sarney apresentou ao STF na última segunda-feira, 26, um pedido relacionado a um inquérito e a duas quebras de sigilo que a envolvem no STJ. A decisão será tomada pelo ministro Cristiano Zanin, e o pedido tramita em segredo de Justiça.
As investigações da Polícia Federal focaram em um suposto esquema entre advogados e magistrados do TJMA para fraudar processos contra empresas, nos quais eram solicitadas indenizações milionárias ou valores expressivos em dinheiro. As suspeitas incluem manipulação na distribuição das relatorias dos processos, correções monetárias calculadas sem justificativa e celeridade seletiva nas ações.
Além de Nelma, em decorrência da operação da PF, foram afastados e impedidos de adentrar no TJMA os desembargadores Luiz Gonzaga Almeida Filho, Marcelino Everton Chaves (aposentado) e Antonio Pacheco Guerreiro Junior. Todos estão sendo investigados.
No caso da Nelma Sarney, ela já estava fora do cargo desde fevereiro, por decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por de ter favorecido um ex-assessor para que ele fosse aprovado em um concurso de cartórios no Maranhão.