Um homem de 56 anos, com suspeita de infecção pelo vírus da raiva, morreu nesta terça-feira (27) no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, em Teresina (PI)
Por Virgínia Santos (MN)
Um homem de 56 anos, com suspeita de infecção pelo vírus da raiva, morreu nesta terça-feira (27) no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, em Teresina. A morte foi confirmada pelo hospital à Secretaria da Saúde do Estado (SESAPI). Segundo a Sesapi, ainda não há diagnóstico fechado para raiva e o órgão só irá se manifestar quando tiver os resultados dos exames.
O CASO
O homem estava na zona rural de Piripiri quando foi atacado por um macaco sagui, no dia 15 de julho. De acordo com a Coordenação de Epidemiologia da Sesapi, a vítima começou a sentir sintomas como vômito, aumento da saliva e desmaio, no dia 6 de agosto, mas só procurou o Hospital Regional Chagas Rodrigues, em Piripiri, no dia 12 de agosto, quando foi transferido para a capital. Ele deu entrada no Hospital Natan Portella, com quadro de encefalite (inflamação do cérebro).
EM ANÁLISE
Segundo a SESAPI, ainda não há confirmação se a morte foi em decorrência da raiva. As amostras do paciente foram colhidas e enviadas ao Laboratório Central do Piauí (Lacen) que encaminhou o material ao Instituto Pasteur, em São Paulo, laboratório de referência para exames de raiva, conforme protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde.
SOBRE A DOENÇA
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae, transmitida pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.
SINTOMAS
Depois que o vírus entra no corpo, por meio da lambedura, arranhadura ou mordedura, o tempo de incubação pode variar de duas semanas a 60 dias, em média. Os sintomas são dor de cabeça, febre, náusea, dor de garganta e alterações de sensibilidade no local da ferida provocada pela mordedura do animal. Estes sinais evoluem para paralisia e espasmos dos músculos de deglutição. O paciente também pode apresentar inchaço nos gânglios linfáticos, aumento da sensibilidade e dormência em locais próximos ao contato com o animal infectado, além de alterações de comportamento.
PREVENÇÃO
A vacinação de cães e gatos é a única forma de se evitar a doença. Em caso de incidentes com animais, a orientação é procurar atendimento médico.