Polícia Civil prende irmãos suspeitos de assassinato de empresário
Politica
Publicado em 13/08/2024

Felipe Faccina Goulart, conhecido como “Felipe Gás”, foi morto a tiros. O crime ocorreu em 2021.

Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil do Maranhão cumpriu nesta nesta terça (13), a 13 mandados, de prisão e de busca e apreensão, relacionados às investigações sobre o assassinato do empresário Felipe Faccina Goulart, ocorrido em 2021, no município de Bacabeira. Dois irmãos foram presos por suspeita de envolvimento no crime durante a operação policial, denominado de Scarface. 

 

Felipe Faccina Goulart, conhecido como “Felipe Gás”, que era proprietário de uma rede de postos de combustíveis e de revenda de gás, foi morto com disparos de arma de fogo na região da cabeça, no Posto Afife, localizado no km 56 da rodovia BR-135, em Bacabeira. Ele foi surpreendido pelos criminosos enquanto estava na guarita do estabelecimento, minutos após descer de seu veículo.

 

As investigações indicam que o crime foi motivado por disputas comerciais, visando eliminar a concorrência no mercado de combustíveis. Um terceiro homem, também irmão dos dois presos, é investigado por envolvimento no assassinato. Há um mandado de prisão contra ele, que segue foragido.

 

O delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Manoel Almeida Neto, enfatizou que os elementos da Operação Scarface vão colaborar para a elucidação do crime. “Essa operação visou colher elementos que levem ao esclarecimento desse assassinato. Além dos mandados de prisão, cumprimos 10 mandados de busca, sendo recolhidos diversos objetos. A partir de agora, vamos nos concentrar na análise de todo esse material apreendido para darmos os próximos passos dessa investigação até chegarmos à elucidação do caso” disse.

 

Entre os objetos localizados e apreendidos durante a execução dos 10 mandados de busca estão duas armas de fogo (revolveres de calibre .38 e .40), documentos, HDs, dinheiro e celulares, dentre outros materiais que serão analisados minuciosamente pela polícia. 

 

O delegado George Marques, titular da Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP), disse que há fortes indícios da participação dos irmãos no crime. “A priori, as informações dão conta de que eles seriam as únicas pessoas que teriam motivo para praticar esse crime de homicídio. As informações foram contundentes nesse sentido e as investigações também corroboraram com esse pensamento”, frisou.

 

A vítima, ainda de acordo com o superintendente da SHPP, chegou a receber várias ameaças, inclusive anônimas, e um de seus postos foi alvo de disparos, antes do crime.

 

Os irmãos são donos de vários postos de combustíveis, que não integram uma mesma rede. No entanto, praticam o mesmo preço de revenda, que não se equiparava em nada com os que Felipe Faccina Goulart mantinha na região. “Existia, na verdade, um cartel incomodado com a política agressiva de preços da vítima”, complementou o delegado Ivônio Ribeiro, da SHPP, que conduz as investigações.

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