Piloto que passou por baixo de ponte em Palmas pode pegar até 5 anos de prisão
Politica
Publicado em 01/07/2024

Avião nas proximidades da ponte

Foto: Divulgação 

Ele é investigado pela Polícia Civil e Agência Nacional de Aviação Civil

O piloto da aeronave de pequeno porte que realizou sobrevoos rasantes no Lago de Palmas e teria passado por baixo da Ponte Governador José Wilson Siqueira Campos foi identificado pela Polícia Civil e ouvido em inquérito instaurado pela Polícia Civil, a fim de apurar as circunstâncias do fato, ocorrido no sábado (23/06). Ele tem 34 anos de idade.   

 

Conforme o delegado Ronie Augusto Esteves, responsável pelo caso, o inquérito foi aberto pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas logo após tomar conhecimento de que um avião de pequeno porte fez voos rasantes no lago de Palmas e manobras que colocaram em risco banhistas que estavam nas praias de Luzimangues e da Graciosa, bem como de passageiros de flutuantes e das pessoas que trafegavam pela ponte no momento do incidente. 

 

“No decorrer das investigações, foi possível identificar o indivíduo que pilotava o avião no dia dos fatos, o qual foi intimado e ouvido via videoconferência, a fim de explicar sua versão dos fatos, que foi presenciado por centenas de pessoa que estavam nas praias e adjacências no último dia 23”, frisou o delegado. 

 

Ainda de acordo com a autoridade policial, o caso teve muita repercussão, sobretudo, através das redes sociais, uma vez que a conduta temerária e imprudente do piloto poderia ter causado uma tragédia.

 

“Logo que a Polícia Civil tomou conhecimento do caso, foi determinado a instauração de um inquérito policial, uma vez que a conduta, que pode ser tipificada pelo Código Penal, por meio do artigo 261, poderia ter resultado em lesões corporais ou até mesmo em morte, dada a baixíssima altitude e os tipos de manobras que foram praticadas pelo piloto, em um ambiente repleto de frequentadores, sendo que muitos ficaram assustados com medo de a aeronave atingir a própria ponte ou cair nas áreas de banho”, frisou.

 

O delegado ainda lembrou que expor a perigo embarcação ou aeronave própria ou alheia ou praticar qualquer ato tendente a dificultar a navegação marítima fluvial ou área pode ser resultar em uma pena de 02 a 05 anos de prisão.

 

“Com a conclusão do inquérito policial, que deverá ocorrer no prazo de 30 dias, será possível tipificar precisamente a conduta do piloto, que, segundo os trabalhos investigativos, pode ser tipificada no artigo 261 do Código Penal Brasileiro, e que pode ser apenada por até 05 anos de reclusão”, disse.  

 

O diretor do Centro Integrado de Operações Aéreas, Tenente Coronel Gustavo Bolentini, também se manifestou em relação ao episódio. “Podemos identificar que o piloto da aeronave infringiu uma série de regras de aviação, ao não observar nem seguir os parâmetros básicos que regulam um voo. Além de colocar em risco a própria segurança ao não obedecer normas de voo estabelecidas, o piloto ainda violou uma série de protocolos que existem e precisam ser seguidos fielmente para garantir a segurança de todos na aeronave e do local em que ela sobrevoa”, pontuou.

 

O comandante Bolentini também ressaltou que, além do inquérito instaurado pela Polícia Civil, foi aberto uma investigação pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), no sentido de apurar a conduta do piloto e todos os atos e possíveis infrações praticadas durante o voo no Lago de Palmas. 

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