Ronald Antonucci, da dupla Os Vips, morre aos 82 anos
Música
Publicado em 23/06/2024

Divulgação/Phonodisc

O cantor Ronald Antonucci, integrante da dupla vocal Os Vips, morreu na madrugada deste sábado (22) aos 82 anos. A notícia foi confirmada pela família nas redes sociais. Ronald, que ao lado do irmão Márcio conquistou o Brasil na época da Jovem Guarda, deixa um legado de clássicos do rock brasileiro.

 

Sucesso na Jovem Guarda

Influenciados pelos Beatles e pela música popular da época, os irmãos Márcio e Reynaldo Luiz (o verdadeiro nome de Ronald) formaram os Vips em 1964. A dupla foi batizada com o nome de um filme norte-americano de 1963, lançado no Brasil como “Gente Muito Importante”, e lançou sua primeira gravação em inglês, a música “Tonight”, para o disco coletivo “No Reino da Juventude”.

 

O sucesso veio em 1965 com “Menina Linda”, uma versão de “I Should Have Known Better”, dos Beatles, que os levou a participar do programa “Jovem Guarda”, exibido pela TV Record, com apresentação de Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa.

 

As várias aparições no programa renderam uma grande amizade com os maiores ídolos do rock brasileiro e uma parceria profissional. A partir daí, os principais sucessos dos Vips foram composições inéditas e exclusivas da dupla Roberto e Erasmo, como “A Volta” (1966), “Emoção” (1965), “Faça Alguma Coisa Pelo Nosso Amor” (1967), “É Preciso Saber Viver” (1968) e “Largo Tudo e Venho te Buscar” (1968, esta só de Roberto).

 

Após a Jovem Guarda

As composições de Roberto e Erasmo continuaram a embalar os Vips mesmo após o fim da Jovem Guarda, em músicas como “Que Bobo Fui” (1969) e “Não Adianta Ficar me Esperando” (1970). Mas a ligação da dupla com o movimento roqueiro foi tão forte que eles não conseguiram se manter no mercado durante a era da MPB dos anos 1970. Ironicamente, na mesma época Roberto estourou como cantor romântico, lançando entre outros hits a sua própria versão de “É Preciso Saber Viver” em 1974.

 

Os Vips só retornaram quando o rock voltou à moda, no final dos anos 1980, vivendo da nostalgia da Jovem Guarda com shows e novos lançamentos, incluindo um álbum ao vivo de 1991 que vendeu 300 mil cópias.

 

Márcio morreu em 2014, mas Ronald continuou fazendo shows até recentemente.

 

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