TOCANTINS: Laudo pericial do IML constata lesão corporal no soldado suspeito de matar PM da Paraíba
Politica
Publicado em 20/04/2024

Médico atesta mancha causada por "instrumento de ação contundente" em Antônio Ezequiel de Souza Santos, na lateral esquerda do pescoço

O laudo pericial realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) no soldado da PMTO Antônio Ezequiel de Souza Santos atestou que houve lesão corporal.

 

O exame realizado no soldado na segundafeira (15), às 12h15, está assinado pelo perito Jorge Pereira Guardiola. O médico afirma que a lesão ocorreu por "instrumento de ação contundente" no pescoço do militar.

 

Segundo o documento, na parte do contexto histórico da lesão, um relato que é feito por quem vai ser periciado, o médico afirma que Antônio Ezequiel "relata haver sido atingido em região lateral esquerda do pescoço”.

 

"Equimose (mancha) leve em região lateral do pescoço, de difícil visualização devido a tez da pele e sem "edema", assina Guardiola.

 

Ao se apresentar na 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Palmas, no dia 15, o soldado disse ao delegado Guilherme Coutinho Torres que estava na "Casa da Cachaça" quando quatro pessoas foram em sua direção e um deles o agrediu "com um soco no rosto".

 

Conforme o depoimento do soldado, quando uma segunda pessoa foi em sua direção "para agredi-lo" ele sacou a pistola institucional e atirou.

 

Em relação ao laudo, a defesa do soldado Antônio Ezequiel informou ao jornal que constatou-se, por meio do exame "o soco que ele levou" que teria iniciado a confusão. "Na verdade, foram dois socos nele e dois no sargento que também estava junto com ele", respondeu.

 

O advogado também disse que, neste momento, não se manifestará acerca dos outros questionamentos feitos pelo jornal, mas que tão logo dará um posicionamento.

 

A reportagem perguntou à Secretaria da Segurança Pública como ocorreu o golpe que gerou a lesão.

 

A pasta respondeu, em nota, que a 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Palmas requisitou "informações complementares ao IML para obter mais elementos acerca da dinâmica dos fatos, o qual será anexado ao inquérito policial assim que for disponibilizado"

 

Relembre o caso

O soldado da Polícia Militar da Paraíba, Eltas Max Barbosa da Nóbrega, foi baleado em um bar na madrugada de segunda-feira (15), em Palmas. A Polícia Militar (PM) informou ter sido chamada por volta de 3h30 para atender a ocorrência. Quando chegaram no bar, a vítima, de 33 anos, já havia sido socorrida por amigos e levada para o Hospital Geral de Palmas.

 

Eltas morreu ainda na tarde de segunda-feira (15), no Hospital Geral de Palmas. A PMTO informou em nota, que o suspeito de ter atirado contra Eltas, também soldado da corporação, estava de folga no momento do crime. Ele foi identificado como Antônio Ezequiel de Souza Santos. A PM também destacou ter aberto uma investigação interna para apurar o envolvimento do soldado.

 

Investigação na Homicídios

A Polícia Civil ouviu, até quinta-feira (18), nove testemunhas do caso. Seguranças, policiais e um profissional da educação estão entre as testemunhas. A 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Palmas é responsável pela investigação e também requisitou os vídeos do sistema de vigilância e perícia no local do crime, que ajudarão na investigação. 

Fonte: Jornal do Tocantins

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