Ofício enviado ao ministro Ricardo Lewandowski solicita aporte de R$ 527 milhões e alerta para risco de paralisação de algumas operações
Com informações do portal Poder 360
Suplementação seria essencial para manutenção das ações da PF
Pelo menos quatro operações da Polícia Federal (PF) correm o risco de serem suspensas por falta de dinheiro. A direção da PF solicitou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública uma verba suplementar de R$ 527 milhões, em uma tentativa de reverter os sucessivos cortes realizados no orçamento da instituição, que totalizam R$ 203 milhões desde 2023.
O mais recente, anunciado quinta (11), foi de R$133 milhões.
Os cortes teriam efeito direto na Amazônia, com a suspensão da Operação Amas. A ação, conforme detalha o Poder 360, requer uma injeção de R$ 122 milhões. As atividades são focadas na ampliação da presença das forças de segurança na região. A supressão orçamentária, entretanto, conforme levantado, deve comprometer a capacidade da PF de seguir com o planejamento para a operação na Amazônia.
O pedido de suplementação foi realizado através de ofício enviado pela direção da PF ao ministro Ricardo Lewandowski. Nele, a PF também alerta para a possibilidade de uma paralisação de suas operações e investigações a partir de setembro. Além do último corte de R$ 133 milhões feito pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, a instituição já havia sofrido um corte de R$ 70 milhões na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024.
Outras suplementações, conforme relatado no ofício, incluem a atuação da PF em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo, sendo necessários R$ 79 milhões, e a segurança durante eventos internacionais como o G20, que exigiria um investimento de R$ 58 milhões.
Além disso, o controle sobre caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) necessita de R$ 65 milhões adicionaisVeja quais operações estariam em risco:- GLO (Garantia da Lei e da Ordem) em portos e aeroportos no Rio de Janeiro e São Paulo: Com um orçamento necessário de R$ 79 milhões, essas operações são vitais para manter a segurança nestes importantes pontos de trânsito.
- Segurança no G20: Para garantir a segurança neste evento internacional de grande escala, a PF precisa de um financiamento de R$ 58 milhões.- Controle dos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores): Esta operação de monitoramento e controle requer um orçamento de R$ 65 milhões.
- Operação Armas, que visa ampliar a presença e ação das forças de segurança na região da Amazônia, com um custo adicional de R$ 122 milhões.
Outras possíveis paralisaçõesAlém das operações que teriam sido listadas no ofício para suplementação de verba, também estaria ameaçada a continuidade da Operação Lesa Pátria, que investiga financiadores dos atos extremistas do 8 de Janeiro.
A ação Argos, que mira crimes transfronteiriços, é outra que pode ser afetada. Além disso, a PF estima novos gastos com as ações na Terra Indígena Yanomami e com o Enfoc (Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas).