Processo contra filho suspeito de matar a mãe espancada será extinto após a morte dele, diz MP
Politica
Publicado em 01/03/2024

Fazenda onde corpo de Guilherme foi encontrado (Foto: Divulgação)

Fonte: Jornal do Tocantins 

Órgão ministerial havia denunciado Guilherme Roberto Otaviani Grassi, de 29 anos, pela morte da advogada Lourdes Otaviani, de 71 anos. Ele foi encontrado morto na manhã da quinta-feira (29)

Com a morte de Guilherme Roberto Otaviani Grassi, de 29 anos, a denúncia sobre o suposto envolvimento dele na morte da mãe, a advogada Lourdes Otaviani, de 71 anos, será extinto. O Ministério Público Estadual (MPTO) informou a decisão nesta sexta-feira (1°).

 

Ele foi encontrado sem vida na manhã de quinta-feira (29) por um vaqueiro, que prestava serviços para a família e que chamou a polícia. Ele estava caído perto de uma cancela da entrada da fazenda da cidade, na zona rural de Barrolândia.

 

O corpo dele tinha marcas de tiros e depois do local ser periciado, Guilherme foi levado para o Instituto Médico Legal de Paraíso do Tocantins.

 

Ele estava sendo investigado pela Polícia Civil e MPTO após Lourdes morrer em decorrência de diversos ferimentos compatíveis com agressões físicas. Ela foi levada para um hospital de Paraíso no dia 12 de janeiro deste ano. Depois, precisou ser transferida para o Hospital Geral de Palmas (HGP), onde morreu no dia 24 de fevereiro.

 

Uma pessoa que acompanhou a idosa no hospital disse a policiais que Lourdes foi até sua casa com machucados pelo corpo. Em seguida, o filho de Lourdes foi atrás da mãe, bastante alterado. Por causa disso, a testemunha pediu ajuda de bombeiros para levá-la ao hospital.

 

Como o caso foi parar na polícia gerando o indiciamento, o Ministério Público requereu na Justiça a prisão de Guilherme por suspeita de violência doméstica, no dia 2 de fevereiro. Entretanto, uma decisão da Vara Criminal de Paraíso indeferiu a prisão e determinou medidas cautelares, proibindo o filho de se aproximar da mãe.

 

Após a morte dela, o corpo foi levado para o IML de Palmas e Guilherme a retirou e realizou o enterro sem velório, na segunda-feira (26), na capital. Três dias depois ele foi encontrado morto.

 

Uma amiga do jovem estava na fazenda e contou aos policiais que atenderam a ocorrência que pessoas teriam invadido a fazenda, que era de propriedade de Lourdes. No depoimento, afirmou ter ouvido gritos e até tiros. Mas até esta sexta-feira ninguém foi preso.

 

O corpo de Guilherme foi transferido para o IML de Palmas, sob responsabilidade das equipes de Paraíso, pois nenhum parente apareceu para reclamar e fazer os procedimentos de velório e enterro. A Secretaria de Segurança Pública informou que as equipes do IML tentam contato com o pai do jovem.

 

Por estar acompanhando o caso desde a morte da advogada, o g1 pediu um posicionamento à OAB - seccional Tocantins. O advogado Whillam Maciel Bastos, representante da Ordem em Paraíso, afirmou que está em contato com o pai do jovem por meio de uma advogada, e com primos. Todos moram no estado de São Paulo.

 

Segundo o advogado, ainda não foi definido quem vai retirar o corpo de Guilherme do IML para proceder com o enterro.

Guilherme é suspeito de espancar a mãe, Lourdes Otaviani, que morreu no hospital (Foto: Arte/g1)

 

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