Com cargo firmado e casamento anunciado, Michelle inclui filha no nepotismo
Politica
Publicado em 26/06/2023

Letícia Firmo se junta aos demais familiares da ex-primeira-dama que foram empregados por aliados políticos

 

Por Fabrício de Freitas 

Durante um evento do Partido Liberal (PL) Mulher em Rondônia, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro anunciou que sua filha mais velha, Letícia Firmo, está prestes a se casar com o cabo do Exército Igor Matheus Modtowski, que ocupou um cargo no Gabinete de Segurança Institucional durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

 

A data do casamento ainda não foi divulgada.

 

Durante seu discurso, Michelle expressou seu amor por Rondônia e revelou a novidade sobre o casamento de sua filha. Ela brincou com a plateia, afirmando que terá um neto que será "50% brasiliense e 50% rondoniense", e que, portanto, precisarão "aturar" sua presença mais frequente no estado.

 

No mês de abril,  Letícia Firmo havia sido nomeada para um cargo de confiança no governo de Santa Catarina, tornando-se a quarta parente da ex-primeira-dama a ser empregada por membros do grupo político bolsonarista em 2023. Ela assumiu a função de assistente de gabinete na Secretaria de Articulação Nacional, com atuação em Brasília e um salário-base de aproximadamente R$ 13 mil.

 

O governo de Santa Catarina defendeu a qualificação de Letícia para o cargo e destacou que ela será cobrada como todos os demais colaboradores, com os mesmos direitos e responsabilidades.

 

Por sua vez, o noivo Igor Matheus Modtowski ocupou um cargo no Gabinete de Segurança Institucional durante a gestão Bolsonaro e, após o término do governo, foi nomeado para o gabinete do senador Jorge Seif (PL-SC), que anteriormente atuava como secretário da Pesca.

 

Igor exerce a função de motorista e recebe um salário de R$ 4 mil.

 

Dessa forma, Letícia Firmo se junta aos demais familiares de Michelle Bolsonaro que estão ocupando cargos políticos, evidenciando a conexão entre a família e o grupo bolsonarista em 2023. A nomeação de Letícia como assistente de gabinete no governo de Santa Catarina levanta questionamentos sobre nepotismo e critérios de contratação no setor público.

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