“Quem investiga (ou investigou) o grupo de extermínio é a Polícia Federal", afirma Guido
O delegado Guido Camilo Ribeiro esclareceu que foi a Polícia Federal quem produziu todas as provas que levaram ao indiciamento e à denúncia do grupo de extermínio na Polícia Civil do Tocantins.
Em nota, o delegado fez questão de destacar que foi ouvido como testemunha na ação penal e não como presidente da investigação, ou seja, o caso não foi investigado por ele.
O esclarecimento do delegado ocorre após a repercussão de um vídeo no qual ele afirma durante o depoimento que não há provas contra os policiais civis.
"Importante destacar que as declarações do Delegado Guido Camilo, que estão sendo divulgadas em mídias e redes sociais, sugerindo a falta de provas dos crimes atribuídos aos policiais civis acusados, foram retiradas de contexto de forma flagrante, com o objetivo de manipular a opinião pública e talvez até desacreditar o trabalho feito pelos órgãos envolvidos na investigação", afirma a nota.
Conforme o delegado, o que ele apontou categoricamente como testemunha é que parte dos veículos usados nos cinco homicídios que ocorreram no mesmo dia em Palmas (27/03/2020) pertenciam à frota ou eram usados pela DENARC de Palmas na época das mortes.
O delegado disse que não apontou nenhum nome, até porque “depois da vinculação dos veículos da DENARC aos cinco crimes o inquérito foi remetido para a Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) e posteriormente, até onde sei, encaminhados para a Corregedoria Geral da Segurança Pública, que é o órgão responsável por apontar e individualizar condutas de eventuais crimes ou transgressões praticadas por policiais civis”, disse Guido.
"No vídeo do depoimento do delegado, postado por alguns veículos de imprensa, percebe-se facilmente, na própria fala do delegado, que não houve aprofundamento da investigação na DHPP, que na época era presidida pelo próprio Guido", finaliza a nota de esclarecimento.