Filme “A Flor do Buriti”, sobre resistência indígena, é premiado em Cannes
Politica
Publicado em 28/05/2023

A obra estreou em 23 de maio e retrata os últimos 80 anos da história dos Krahô, um povo indígena que reside na região norte do Tocantins, próximo às fronteiras do Maranhão e do Piauí

 

 

 

O filme brasileiro A Flor do Buriti, dirigido por Renée Nader Messora e João Salaviza, recebeu o prêmio Prix D'ensemble (Melhor Equipe) na mostra "Um Certo Olhar" do Festival de Cannes 2023, realizado na França, na noite de sexta-feira (27). A obra, produzida pela empresa Entre Filmes de Minas Gerais, estreou em 23 de maio e retrata os últimos 80 anos da história dos Krahô, um povo indígena que reside na região norte do Tocantins, próximo às fronteiras do Maranhão e do Piauí. 

 

O filme aborda diversas formas de resistência, como a luta pela terra, pela liberdade, pela preservação dos rituais ancestrais e do meio ambiente nas comunidades indígenas. Um dos eventos marcantes no longa-metragem é o massacre ocorrido em 1940, no qual se estima que fazendeiros locais tenham assassinado pelo menos 26 pessoas do povo Krahô.

 

Além disso, durante a mostra, o prêmio principal foi concedido ao filme How To Have Sex, dirigido por Molly Manning Walker. O prêmio Nova Voz foi para Augure, dirigido por Baloji. Goodbye Julia, de Mohamed Kordofani, foi o vencedor do prêmio Liberdade. Na categoria de direção, The Mother Of All Lies, dirigido por Asmae El Moudir, saiu vitorioso, enquanto Hounds, de Kamal Lazraq, recebeu o prêmio do júri.

 

O Festival de Cannes prossegue no sábado (27) à noite, com a disputa pelo maior prêmio, a Palma de Ouro. O cineasta brasileiro Karim Aïnouz concorre com o filme britânico Firebrand, que conta com os atores Jude Law e Alicia Vikander no elenco. A trama aborda a sexta e última esposa do rei Henrique VIII, durante a dinastia Tudor, e sua tentativa de promover crenças protestantes radicais na Inglaterra.

 

Com informações da Agência Brasil

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