DJ Rocca (esq.) e Anderson Rocha, a vÌtima

Ele pagou fiança de R$ 5 mil e responderá ao processo em liberdade

O empresário Emerson da Rocha Miranda Neto, de 29 anos, matou o próprio irmão asfixiado ao tentar contê-lo durante um surto. A fatalidade ocorreu em Araguaína, na tarde desta sexta-feira (2/9). A vítima é Anderson Rocha Lobo, de 32 anos. Ele estava enfrentando problemas com drogas.

O empresário, também conhecido como DJ Rocca, foi autuado pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, mas pagou fiança de R$ 5 mil e responderá ao processo em liberdade.

As informações foram confirmadas pelo delegado Adriano Carvalho, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Corpo na porta do hospital

O delegado afirmou que a DHPP estava de sobreaviso por ter recebido um chamado sobre um corpo que estava dentro de um veículo na porta do Hospital Dom Orione (HDO).

“De imediato, uma equipe se deslocou até ao hospital e verificou que realmente havia essa pessoa morta de causas não naturais. De imediato começamos a colher as primeiras informações e a realizar a investigação”, afirmou o delegado.

Na sequência, a polícia descobriu que o corpo de Anderson Rocha havia sido deixado no local por Emerson da Rocha, irmão da vítima, e encontrou o suspeito em casa, onde realizou a sua prisão em flagrante e o conduziu até a sede da DHPP.

“Aqui [na delegacia], juntamente com o depoimento de outras testemunhas, verificamos a hipótese de um homicídio culposo, em que um irmão tentou conter o outro durante uma luta corporal em razão da vítima já ter envolvimento com drogas, ter surtos psicóticos. E durante essa dominação com um golpe de mata-leão, acabou asfixiando a vítima, que foi a óbito”, explicou o delegado.

Após chegar ao hospital, conforme as investigações, o empresário chegou a fazer a ficha para o atendimento do irmão, mas optou por deixar o local e ir pra casa após a constatação do óbito.

Motivação

O delegado relatou que, de acordo com as investigações, Anderson Rocha era dependente químico e estava tendo alucinações.

“Então, o irmão foi até o local [residência] para oferecer um remédio a fim de tranquilizar a vítima, mas isso não foi aceito e começou uma discussão. O irmão tentou segurar o outro para chamar o Samu, a Polícia Militar, para que ele fosse conduzido até o hospital para fazer tratamento. Foi nesse momento que ocorreu a asfixia”, finalizou o delegado.

Fonte: AFnoticias