Meio Ambiente destina 350 mudas de espécies nativas do Cerrado para o reflorestamento na aldeia Catàmjê
Politica
Publicado em 09/12/2021

As áreas que serão reflorestadas dentro da aldeia ficam localizadas nas margens do Rio Formoso e próximas ao lago vermelho   

 

 

Robson Corrêa/Governo do Tocantins 

O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), promoveu, nessa terça-feira, 07, capacitação sobre reflorestamento de áreas degradadas pelo fogo e outros fatores dentro da aldeia indígena Catàmjê, pertencente à etnia Krahô-Kanela, localizada a cerca de 38 km do município Lagoa da Confusão. 

 

O encontro foi a primeira etapa de execução do projeto lançado via edital pela Fundação Nacional do Índio (Funai), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que contemplou a aldeia com recurso na ordem de R$ 50,000.00 para o reflorestamento, construção de um viveiro e a instalação de uma casa de apoio dentro da aldeia. 

 

A Diretoria de Desenvolvimento Sustentável da Semarh (DDS), junto ao Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), destinou cerca de 350 mudas de espécies nativas do Cerrado que darão início ao reflorestamento na aldeia. Segundo o engenheiro florestal da Semarh, João Noleto, “a doação é uma parcela de contribuição que tem a finalidade de fomentar na comunidade a ideia de preservar áreas por meio de políticas públicas voltadas ao meio ambiente”. 

O cacique Wagner Katamy Krahô-Kanela, líder da aldeia indígena Catàmjê, ressaltouu que os trabalhos ligados à preservação do meio ambiente realizados em parcerias beneficiam toda a comunidade, e a capacitação realizada hoje tem, dentre outras finalidades “orientar o nosso povo sobre a forma adequada para a coleta de sementes e plantio das mudas, além de nos aproximar das instituições que no futuro vão auxiliar nos trabalhos desenvolvidos por nós”.

 

O encontro contou com a participação do diretor da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Lagoa da Confusão, Lucas Pazolini, que frisou a movimentação rotineira do povo indígena da região em prol do meio ambiente. “Estamos sempre em contato com a comunidade e percebemos o anseio deles em procurar melhorias junto ao poder público, e essa capacitação retrata bem isso, o cuidado que eles têm com a área onde vivem e preservam com responsabilidade”, disse.

 

As áreas que serão reflorestadas dentro da aldeia ficam localizadas nas margens do Rio Formoso e próximas ao lago vermelho. A previsão é que sejam plantadas até o final do projeto um total de 2 mil mudas de árvores em um território de 4.5 hectare (ha) com plantas nativas do Cerrado. Atualmente a comunidade já tem cerca de 20 kg de sementes de jatobá e, em janeiro, terá início a colheita das mudas de landi.

 

Krahô-Kanela

O povo Krahô-Kanela está localizado na terra indígena entre os rios Formoso e Javaés, local conhecido como mata alagada, situada a 38 km da do município Lagoa da Confusão. Atualmente conta com duas aldeias, a Lankraré e a Catàmjê. A área foi demarcada em 2007 e, desde então, tem sido trabalhada a valorização cultural, vigilância do território, proteção, combate ao fogo e o reflorestamento por meio da semente. Todo trabalho é realizado através da Associação do Povo Indígena Krahô-Kanela Aldeia Indígena Catàmjê (APOINKK).

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