CPMI do INSS inaugura trincheira da oposição contra Lula
A comissão recebeu, até agora, mais de 800 pedidos
Por Arimateia Jr
Publicado em 24/08/2025 21:52 • Atualizado 24/08/2025 21:53
Politica
Haverão convocações, quebras de sigilos e informações a autarquias federais

A comissão recebeu, até agora, mais de 800 pedidos, que incluem convocações, quebras de sigilos e informações a autarquias federais. Pela qualidade dos requerimentos, a oposição já indicou suas estratégias e prioridades ao longo dos trabalhos da CPMI. O telhado dos oposicionistas, no entanto, tem grandes áreas de vidro, uma vez que parte da roubalheira no INSS foi instalada ainda durante o governo do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL).

 

 

No lado oposicionista, no entanto, deputados e senadores protocolaram requerimentos que miram o alto escalão do governo e também a convocação e quebras de sigilo de José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, o irmão do presidente Lula. Dirigente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), Frei Chico integra uma das instituições no centro do escândalo, mas descarta qualquer participação em um esquema criminoso.

 

Convocação

Até agora, foram protocolados ao menos oito requerimentos que miram Frei Chico. Seis deles pedem a convocação – quando a presença é obrigatória – do dirigente. O autor de um dos pedidos é o relator da CPMI, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL).

 

Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, é alvo de ao menos 12 pedidos de convocação. O empresário é sócio de 22 firmas e algumas teriam sido utilizadas no esquema. Sócios dele também são alvos de solicitações dos congressistas.

 

 

Os requerimentos protocolados pela oposição miram, ainda, ministros do governo. Deverão ser convocados Wolney Queiroz (Previdência Social), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União).

 

Articulação

Outro alvo prioritário para a oposição será o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, que deixou o cargo após a divulgação das fraudes. O dirigente licenciado do PDT foi alvo de 15 requerimentos – 11 de convocação e quatro de quebra de sigilo. Um dos pedidos já consta na pauta da próxima reunião da CPMI.

 

Com a Presidência e relatoria sob o jugo da oposição, após “um cochilo” da articulação do Palácio do Planalto, segundo críticos, a tendência é que os demais pedidos de parlamentares do grupo sejam pautados.

 

Para que os pedidos se tornem efetivos, no entanto, é necessário que sejam aprovados no Plenário da CPMI. A base governista afirma ter maioria no colegiado, embora mais uma vez admita falhas na articulação parlamentar.

Fonte: Correio do Brasil

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