O Maranhão ocupa a primeira posição no ranking nacional de dependência do Bolsa Família em comparação ao emprego formal

Dados de julho de 2025, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontam que o estado tem 521,6 mil famílias a mais recebendo o benefício do que trabalhadores com carteira assinada. Na sequência aparecem o Piauí, com 294,7 mil, e a Bahia, com 185,4 mil.

Na análise proporcional, o cenário maranhense também é o mais crítico do país. Para cada trabalhador formal, existem 1,77 famílias atendidas pelo programa social. Apesar disso, houve avanço em relação a julho de 2024, quando a proporção era de 1,87.

Segundo especialistas, a melhora se deve à Regra de Proteção, criada em 2023, que garante a permanência parcial no programa por até um ano para beneficiários que conseguem emprego ou iniciam um negócio. Atualmente, mais de 2,1 milhões de famílias em todo o Brasil estão nessa fase de transição.

O levantamento mostra ainda que, entre julho de 2024 e julho de 2025, todos os estados brasileiros registraram crescimento no emprego formal acima da expansão do Bolsa Família. Isso demonstra uma recuperação generalizada do mercado de trabalho. Mesmo assim, 10 estados, em sua maioria do Norte e Nordeste, ainda apresentam mais beneficiários do que empregos formais.

No outro extremo, São Paulo lidera com a maior folga: são 12,3 milhões de empregos formais a mais do que famílias atendidas pelo programa. Já Santa Catarina figura como o estado com menor dependência proporcional, com 12 trabalhadores formais para cada beneficiário.