(Fernando Sarney) pede que (o STF) suspenda imediatamente os efeitos do acordo ora impugnado por simulação de negócio jurídico, a qual se evidencia pelas provas robustas que demonstram a invalidade jurídica da assinatura do Sr. Antônio Carlos Nunes De Lima — afirma um trecho da petição do vice-presidente.
A petição apresentada pelo vice-presidente da CBF nesta terça-feira é mais um capítulo na batalha judicial que se arrasta há três anos. Desde a eleição de Ednaldo ao cargo de presidente da entidade, em 2022, uma ação que tramitava no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro questionava a legitimidade do pleito.
Fernando Sarney é um dos vice-presidentes da CBF no atual mandato, válido até março de 2026. Ele rompeu politicamente com Ednaldo Rodrigues e não fez parte da chapa reeleita por aclamação para o mandato de março de 2026 a março de 2030.
A situação parecia ter tido um desfecho em fevereiro deste ano, quando foi homologado um acordo entre dirigentes e a Federação Mineira de Futebol (FMF) legitimou a eleição de Ednaldo.
Assinaram o protocolo de acordo Antônio Carlos Nunes de Lima (Coronel Nunes), Castellar Neto, Fernando Sarney, Gustavo Feijó, Rogério Caboclo, a Federação Mineira de Futebol e a própria CBF.
Denúncia de falsificação de assinatura
Nessa segunda-feira, a deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), conhecida como Daniela do Waguinho, pediu na noite de segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF e a revisão do acordo homologado pelo tribunal em fevereiro deste ano que encerrava a ação questionando o processo eleitoral da entidade.
A parlamentar e ex-ministra do Turismo baseia os argumentos de sua petição em laudo que atesta ser falsa a assinatura do Coronel Nunes no acordo firmado no início deste ano. Nunes é ex-presidente da entidade e foi vice de Ednaldo Rodrigues no último mandato.
Relator do caso, o ministro Gilmar Mendes, do STF, vai analisar a petição e os documentos dos autos.