Uma mulher de 42 anos foi presa, em Belo Horizonte, Minas Gerais, na última sexta-feira, após ter confessado dopar, arrancar o órgão genital e tacar foco no corpo do companheiro.
Por Marta Santos (Meio Norte)
Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a autora do crime disse que a vítima, de 47 anos, teria “alisado" a perna de sua filha, de 11 anos, e vinha tentando se relacionar com a criança.
O corpo da vítima foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), enquanto a mulher foi conduzida à 4ª Delegacia de Polícia Civil de Belo Horizonte. A filha, de 11 anos, ficou sob a responsabilidade de uma tia. Em depoimento, a menina confirmou que o homem havia passado a mão em sua perna.
COMO A POLICIA DESCOBRIU
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foi acionada após uma denúncia anônima e seguiu um rastro de sangue que se estendia da Rua Desembargador Bráulio até uma área de mata. No local, os policiais localizaram um corpo carbonizado, com sinais de violência extrema, incluindo exposição de órgãos internos.
Durante as diligências, os agentes chegaram à residência de uma mulher, onde foram recebidos por ela própria. Ao ser abordada, a suspeita confessou o crime. Segundo seu relato, ela mantinha um relacionamento esporádico com a vítima e já desconfiava de que ele demonstrava interesse inadequado por sua filha menor de idade. A mulher afirmou ter encontrado mensagens no WhatsApp em que o homem tentava seduzir a criança.
COMO ACONTECEU O CRIME
Por volta da meia-noite, entre a quinta e a sexta-feira, a mulher relatou que o companheiro chegou à sua residência sob efeito de entorpecentes e se dirigiu diretamente ao quarto onde estava sua filha. Segundo a autora, ela presenciou o momento em que o homem passou a mão na perna da criança.
Ainda de acordo com o depoimento, ela fingiu não ter notado o gesto e convidou o homem para a sala, oferecendo-lhe uma cerveja. No entanto, antes de servir a bebida, a mulher admitiu ter adicionado algumas gotas de clonazepam — substância de efeito sedativo conhecida comercialmente como Rivotril, que atua no sistema nervoso central.
Após o homem adormecer, a mulher relatou que o atacou com várias facadas e golpes de pauladas na cabeça. Em seguida, ela pediu ajuda a um adolescente de 17 anos, cujo relacionamento com ela ainda não foi esclarecido, para transportar o corpo até uma área de mata nas proximidades da residência.
ADOLESCENTE NÃO IDENTIFICADO
No local, eles cortaram o pênis da vítima, colocaram o órgão genital em sua boca e atearam fogo no corpo. Os policiais realizaram buscas, mas o adolescente que ajudou a realizar o crime não foi localizado. O caso será investigado.