Três pessoas ainda não foram localizadas e uma balsa prometida para a travessia ainda não foi entregue. O que restou da ponte será implodido
O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) pela BR-226, completou um mês nesta quarta-feira (22). Desde então, a população nas duas cidades sentem os impactos na economia e ainda há três desaparecidos.
Bombeiros e a Marinha resgataram os corpos de 14 vítimas (veja mais abaixo quem são), mas ainda falta encontrar os corpos de Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos; além de Salmon Alves Santos, de 65 anos e Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10 anos - avô e neto que estavam em uma caminhonete.
Não há previsão para que os corpos sejam encontrados, já que os mergulhos no rio Tocantins estão suspensos devido à abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito. O tenente-coronel dos bombeiros do Tocantins, Nilton Rodrigues Santos, afirmou que as equipes vão continuar no local para que os mergulhos sejam retomados quando o nível de água baixar.
Economia fragilizada
Segundo a Associação Comercial de Estreito, 70% das empresas da região sobreviviam das atividades relacionadas aso transporte rodoviário. Ou seja, empresários estão somando prejuízos e há registro de demissões.
Enquanto não há meios de transporte por terra, a população se arrisca em embarcações menores para fazer a travessia. Desde o fim de dezembro existe a promessa de travessia por balsa, mas até o momento não há o serviço para os pedestres ou veículos.

Teste com balsa aconteceu na sexta-feira, no Rio Tocantins — Reprodução
O DNIT afirmou que os acessos necessários para receber as balsas nas margens ainda estão em fase final de execução e que as equipes do Departamento atuam para atender as exigências da Marinha do Brasil para poder iniciar o serviço.
Construção de nova ponte
Logo após o colapso da ponte, o Ministério dos Transportes informou que uma ponte seria construída no local, para manter a travessia entre os estados. O prazo de entrega da obra é de um ano.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/z/S/0F8XpOSAeO8XZC2nVupQ/whatsapp-image-2024-12-25-at-18.43.27.jpeg)
Ponte sobre o rio Tocantins, entre Estreito e Arguianópolis — Foto: Luiz Henrique Machado/Corpo de Bombeiros
Uma das fases da obra diz respeito à demolição da estrutura que sobrou da ponte. Nesta quarta-feira (22), técnicos já começaram a perfurar os pilares para uma futura implosão.
Remoção de carros e de produtos perigosos na água
A ponte caiu por volta das 15h do dia 22 de dezembro de 2024. O vão central cedeu levando ao fundo do rio Tocantins 10 veículos, entre carros, motos, além de carretas carregadas de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico, o que poderia ter causado um desastre ambiental.

Sobre a retirada dos materiais agrotóxicos e ácido sulfúrico que ainda estão no fundo do rio, a empresa que é responsável pelos produtos contrataram outras empresas especializadas nessa área de produtos perigosos para coordenar as ações de retirada.
Já alguns veículos que não estavam no vão central - mas em outras plataformas da ponte que não desabaram - ficaram presos sem ter como seguir ou retornar para terra firme.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/F/z/LHJc8FRfWxHz2GtkjOwA/dnit.jpeg)
Equipes do DNIT na ponte entre o Tocantins e o Maranhão — Foto: Divulgação/DNIT