Presidente democrata dos Estados Unidos se tornou o primeiro chefe estadunidense em exercício a visitar a Amazônia; declaração ocorreu em Manaus
Fonte: SAUL LOEB / AFP
O presidente dos EUA, Joe Biden, sobe ao pódio após assinar uma proclamação designando 17 de novembro como Dia Internacional da Conservação durante um passeio pelo Museu da Amazônia enquanto visita a Floresta Amazônica em Manaus, Brasil, em 17 de novembro de 2024, antes de seguir para o Rio de Janeiro para a Cúpula do G20. (SAUL LOEB / AFP)
O democrata Joe Biden, afirmou, neste domingo (18/11), que “não precisamos escolher entre a economia e o clima”, pois “podemos fazer as duas coisas”. O presidente dos Estados Unidos fez uma breve visita a Manaus, capital do Amazonas, e tornou-se o primeiro chefe norte-americano em exercício a visitar a região da Amazônia.
Biden declarou que não há necessidade de escolher entre o meio ambiente ou a economia, pois “nós podemos fazer as duas coisas, como fizemos no meu país”, destacou.
Durante a fala à imprensa, o presidente dos EUA reforçou que deixará o legado do governo para o próximo presidente, sem citar o nome de Donald Trump, que assume o comando da Casa Branca em 20 de janeiro de 2025. “Não é segredo que sairei do governo em janeiro. Eu deixarei ao novo presidente as lições do que podemos fazer. Alguns querem atrasar a energia verde, mas sabemos que a revolução verde está a caminho e ninguém pode revertê-la”, ressaltou.
Biden anuncia investimento abaixo do prometido para a Amazônia
Em anúncio feito neste domingo (17/11), a Casa Branca se comprometeu com a destinação de US$ 50 milhões (cerca de R$ 290 milhões) ao Fundo Amazônia - que tem o objetivo de captar doações para prevenção e conservação sustentável do bioma.
Com o valor, no entanto, o democrata deve encerrar o mandato sem conseguir cumprir a promessa de destinar US$ 500 milhões à floresta - cerca de 2,9 bilhões de reais. De acordo com informações da Casa Branca, o investimento do governo norte-americano visa a acelerar a conservação de terras e águas da região, além de proteger a biodiversidade e enfrentar a crise climática.
O valor anunciado neste domingo ainda precisa ser submetido ao Congresso dos EUA, que terá as duas casas de maioria republicana a partir de 2025. Biden deixa a presidência em janeiro do ano que vem, quando Donald Trump assume a Casa Branca e terá seu partido no comando do Congresso.
O republicano promete retirar os EUA novamente do Acordo Climático de Paris e reverter as políticas ambientais do antecessor.