PM da reserva que atirou e matou torcedor no Pará se apresenta na delegacia
Politica
Publicado em 09/04/2024

Paulo Alexandre Silva Dias, de 29 anos, foi atingido no pescoço por um disparo de arma de fogo durante uma discussão

Por Jornalista Saymon Lima

 

No fim da manhã desta terça-feira (9), o sargento da reserva da Polícia Militar Cristóvão Augusto Alcântara Evangelista se apresentou na delegacia de Polícia Civil, em Belém (PA). Ele é suspeito de ter atirado e matado o torcedor Paulo Alexandre Silva, após a partida clássica entre Paysandu e Remo no Estádio do Mangueirão, no domingo (7). Esta é a terceira morte por violência entre torcidas registrada somente em 2024 no município. 

 

 

O QUE ACONTECEU: O corpo do torcedor do Remo, identificado como Paulo Alexandre Silva Dias, de 29 anos, foi atingido no pescoço por um disparo de arma de fogo enquanto estava no estacionamento do Mangueirão, lado A, que fica em frente à avenida Augusto Montenegro. Houve ainda cenas de pancadaria entre torcedores e corre-corre. Ele foi velado na segunda-feira e recebeu as últimas homenagens durante enterro nesta terça-feira, em Belém. 

 

INVESTIGAÇÃO: A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) informou que o policial da reserva suspeito de ter feito os disparos "não atua mais nas ações policiais e estava presente no estádio, durante o jogo de domingo (7)". Nas redes sociais, o Clube do Remo se manifestou sobre a morte do torcedor, destacando que "repudia quaisquer atos de violência, seja de quem for e entende que o ambiente esportivo é um espaço democrático inclusivo de lazer e entretenimento".

 

OUTRAS MORTES NO ESTADO: Este ano, duas mortes ocorreram envolvendo torcedores do Remo e do Paysandu. No início de 2024, após um clássico RexPa, um membro da torcida organizada do Clube do Remo foi fatalmente espancado em 4 de fevereiro, durante o jogo no Mangueirão, em Belém.

 

A vítima, identificada como Thiago Aryan Silva, conhecida como "Thiago Dentinho", foi levada para a UPA do Icuí-Guajará, em Ananindeua, por volta das 21h15. A polícia suspeita de uma emboscada como causa, mas os responsáveis ainda não foram encontrados.

 

Três dias depois, um membro da torcida organizada do Paysandu foi morto a tiros.

 

O corpo de José Carlos Oliveira da Silva, de 37 anos, que era deficiente físico, com apenas um braço, foi encontrado por moradores às margens de um ramal, na Estrada do Abacatal, também em Ananindeua.

 

Há suspeitas de que o assassinato possa estar relacionado às atividades de uma facção criminosa nas periferias de Belém, contudo, isso ainda está sob investigação policial.

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