Fonte: Fornecido por Newsrondonia
Um recorde de solidariedade está marcando na vida do policial penal e doador de sangue Leomar da Silva Rodrigues, 42 anos, em Porto Velho. O frequente gesto realizado na sede da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Rondônia (Fhemeron), reúne mais de 80 registros de doações realizadas, considerado um dos maiores até o momento.
Conforme a Fhemeron, estima-se que a quantidade de doação que soma o sangue total e plaquetas, tenha salvado mais de 300 vidas, baseando-se no fato de que uma bolsa de sangue pode beneficiar até quatro pessoas. O exemplo do policial penal tem ganhado destaque entre os profissionais de saúde que acompanham o histórico de doações, inclusive inspirando outros possíveis doadores.
Leomar explica que possui 87 registros do ato solidário em números exatos desde 2009, porém, a prática de doação começou em 2001, mas não tem registros desta época. “Comecei a doar sangue quando aproveitei a isenção na realização de concursos públicos, mas com o tempo isto se tornou rotineiro, a ponto de até doar plaquetas”, completa.
CAMPANHAS
Segundo o policial penal, a participação nas campanhas de doação de sangue também foi incentivada pelo exemplo do pai, que doou sangue durante muitos anos. “Não há dúvidas da importância de fazer o gesto de forma constante para ajudar a salvar muitas vidas. E, em alguns casos, pode ajudar a vida dos próprios familiares ou de amigos e conhecidos”, enfatiza.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, atitudes como a de Leomar são exemplo de quem opta por multiplicar o bem para muitas pessoas. “A doação de sangue é uma campanha constante no Estado, na qual precisamos motivar os cidadãos a se unirem em um gesto solidário com o objetivo de salvar vidas. A história de Leomar, inclusive de outras pessoas, é um exemplo de quem se preocupa e ama o próximo, inspirando outros possíveis doadores a somar com esta ação”, declara.
IMPORTÂNCIA DO GESTO
A Fhemeron tem realizado diversas campanhas para captação de novos doadores. Só no ano passado, foram coletadas mais de 15 mil bolsas de sangue no hemocentro. |As coletas são destinadas às unidades de saúde públicas e privadas da Capital, além dos municípios.
Segundo o assistente social coordenador da Fundação, Dimarães da Silva, as bolsas são priorizadas para pacientes em tratamento de câncer, doenças hematológicas e que precisam realizar cirurgias eletivas e de emergências. “Toda doação deve ser voluntária, pois quem receber fará uma grande diferença em sua vida, é isso que temos promovido ao longo das campanhas. E a atitude do Leomar é fascinante e contagiante, ele se tornou o maior captador do hemocentro e, consequentemente, tem sido exemplo para muita gente”, disse.
Quem tiver interesse em fazer uma doação deverá apresentar documento de identificação com foto no ponto de coleta. Ao ir realizar o ato solidário, a equipe do hemocentro faz uma triagem com a pessoa; a doação em si leva de 10 a 15 minutos.
COMO DOAR
O processo de doação de sangue é simples e seguro, viabilizando a qualquer pessoa saudável a realização do ato, com idade entre 16 (acompanhado do responsável) e 69 anos (desde que seja doador antes dos 60 anos) e peso superior a 50 kg. Para realizar a ação, a pessoa deve estar descansada e alimentada, evitando alimentos gordurosos.
Alguns impedimentos definitivos são apontados, como ter tido doença de Chagas; Hepatite após os 11 anos de idade; exposição à situação ou comportamento que leve a risco, acrescido para Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Para homens, o intervalo de doação é de dois meses e no máximo quatro doações em um ano, enquanto que mulheres, o intervalo é de três meses, podendo chegar a três doações no período de um ano.