Flávio DIno abriu os discursos da cerimônia e enfatizou o patriotismo compartilhado e destacou a importância da soberania dos mais pobres
Nesta quinta-feira (1º), o Senador Flávio Dino transferiu suas responsabilidades ministeriais ao Ministro Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça e Segurança Pública. Flávio Dino abriu os discursos da cerimônia e enfatizou o patriotismo compartilhado e destacou a importância da soberania dos mais pobres.
"Temos traços em comum. Entre os quais o patriotismo autêntico. Que sempre é um patriotismo popular. O verdadeiro patriotismo é daqueles que entendem que ao lado da soberania nacional existe a soberania dos mais pobres, que qualifica o Brasil como projeto de nação que seja autenticamente justo", afirmou.
Dino defendeu a existência de um "Estado forte". "Claro que justiça social se alcança com trabalho, com oportunidade de renda. Mas, no mundo inteiro, e no Brasil também, só se alcança democracia e justiça social com serviço público forte. Com Estado forte, com governo que funciona. [...]", continuou.
Lewandowski, por sua vez, reiterou o compromisso com a defesa da democracia, ressaltando a necessidade de justiça social e oportunidades iguais para todos.
"Portanto, todos aqueles que aqui estão e que continuarão conosco, terão que ter em mente que, antes de mais nada, nós somos servidores dos cidadãos brasileiros. E assim agiremos", destacou.
O novo ministro da Justiça agradeceu Dino por entregar a "casa em ordem" e desejou sucesso a ele. "Quero agradecer a colaboração extraordinária que me foi dada pelo eminente ministro Flávio Dino porque me entregou uma casa em ordem, pela generosidade que teve com a transição", concluiu.
No entanto, desafios consideráveis aguardam Lewandowski, especialmente na área da segurança pública, onde sua abordagem, marcada por uma visão mais garantista, será testada. A escolha de Mario Sarrubbo para liderar a Secretaria de Segurança Pública também gerou controvérsia, especialmente sua proposta de estabelecer um "Gaeco Nacional".
O Gaeco, ou Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, é um modelo que substitui as chamadas forças-tarefas e têm sido utilizados com frequência pelo Ministério Público no combate ao crime organizado.
A proposta de Sarrubbo, porém, já encontra resistência de associações policiais. Em nota divulgada em 19 de janeiro, o grupo afirmou que a medida se mostraria "incabível" e poderia promover "desarmonia institucional".
Com informações do UOL