Bombeiros e policiais militares, indígenas, agentes do Ibama e da Funai participam das ações que buscam pelo adolescente de 12 anos desaparecido desde o domingo (21)
Fonte: Jornal do Tocantins
A força-tarefa liderada pelo Governo do Tocantins, na busca pelo adolescente indígena Bruno Karajá, de 12 anos, desaparecido desde o domingo, 21, recebeu nesta sexta-feira, 26, mais um reforço no aparato utilizado durante as incursões na mata: O helicóptero enviado pelo Centro Integrado de Operações Aéreas Helicóptero de Mato Grosso chegou nesta sexta-feira, 26, na Ilha do Bananal, e já atua nas buscas.
Cedida pelo estado vizinho, a aeronave decolou do município de Sorriso (MT), distante 420 quilômetros de Cuiabá (MT), às 10h50 para chegar no mesmo dia na região das buscas, o que não ocorreu devido às condições climáticas. O helicóptero pernoitou em Confresa (MT) e chegou na Ilha do Bananal nesta sexta.
O adolescente mora na Aldeia Macaúba e desapareceu na região entre os municípios de Santa Terezinha (MT) e Pium, em uma área de divisa entre os dois municípios.
Ainda no domingo, dia do desaparecimento, ao perceberam que o adolescente não retornou, indígenas tentaram encontrar o menino, mas sem sucesso, acionaram equipes de resgate.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar (CBM, cerca de 60 pessoas participam da força-tarefa. Do Tocantins são quatro bombeiros militares, dois policiais militares do Grupamento Aéreo (Graer). O Mato Grosso enviou três bombeiros militares.
A ação é composta também por três agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, uma supervisora da Fundação Nacional dos Povos Indígenas e Indígenas da região.
Rastros do adolescente
Na segunda-feira, 21, primeiro dia de atuação dos militares nas buscas, pegadas que seriam do adolescente foram encontradas em meio a mata.
Segundo o CBM, as equipes tentaram seguir o rastro deixado, "que foram confirmadas pelos familiares, mas a ocorrência de chuvas dificultou o rastreio". Seguindo uma linha reta, os militares encontraram novas pegadas que direcionam para uma mata fechada.
O último registro da criança foi no domingo, quando um vaqueiro relatou, aos familiares da vítima, que a viu passar correndo na Aldeia Kutaria, que fica a 15 km de sua aldeia de origem.
No fim da tarde de quarta-feira, o cacique da Aldeia Macaúba afirmou aos militares ter visto a criança, mas relatou que ela saiu correndo para a mata antes que ele pudesse alcançá-la.
Equipes rastrearam a área mas não encontraram vestígio do menino. No dia seguinte, segundo os bombeiros, toda equipe, juntamente com os indígenas, se concentrou próximo ao local que o cacique teria visto a criança, com buscas terrestres e aéreas, e mesmo com aumento da área e rondas nas margens do Rio Araguaia, o adolescente não foi encontrado.
Cães farejadores, drones e aeronaves
A primeira equipe de resgate a chegar na região, na tarde de segunda-feira, com apoio de aeronave do Graer: três bombeiros do Grupo de Resgate do CBM, destacados de Palmas para região.
Na quarta-feira, uma equipe designada pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, chegou ao local. A equipe é especializada em busca e resgate e composta por três bombeiros, dois cães farejadores e dois drones.
No mesmo dia, dois militares do Graer, com drones, também deslocaram-se para a região. Segundo a Polícia Militar, os drones são “eficazes na busca e localização de pessoas desaparecidas”, pois, “ao sobrevoar vastas áreas de maneira ágil, esses dispositivos oferecem uma cobertura extensa que ultrapassa as limitações terrestres, proporcionando uma visão abrangente do terreno”, informou a corporação, em nota.