A paralisação foi iniciada sexta-feira (19), com funcionários exigindo seus salários
A cidade de Imperatriz enfrenta uma crise no sistema de saúde devido a uma dívida superior a R$ 63 milhões, resultando em greves e processos movidos por 162 empresas prestadoras de serviços ao município.
Funcionários dessas empresas entraram em greve na sexta-feira (19), buscando o pagamento de salários atrasados.
A prefeitura, que acumula uma dívida de R$ 63.092.582,82 até outubro de 2023, alega que iniciou os pagamentos às empresas de saúde, mas a juíza Ana Lucrécia, da 2ª Vara da Fazenda Pública, contradiz essa afirmação, mencionando que apenas R$ 1 milhão foi depositado judicialmente em duas parcelas de R$ 500 mil, representando uma pequena parte do montante devido.
Uma empresa de limpeza, responsável pelos serviços no Hospital Municipal Socorrão, cobra um total de R$ 353.014,50 não repassados.
A falta de pagamento levou os funcionários a iniciar uma greve na última semana, interrompendo serviços essenciais.
A juíza Ana Lucrécia destaca denúncias de funcionários da saúde sobre a falta de materiais essenciais para a continuidade dos serviços, inclusive casos em que cirurgias foram realizadas com improvisos devido à ausência de equipamentos adequados.
A Secretaria de Saúde de Imperatriz reafirma que um acordo judicial previa o pagamento de quatro prestadoras de serviço, abrangendo clínica médica, neurológica, serviço de limpeza e recolhimento do lixo.