Corpos de homens mortos em confronto com a polícia ficam jogados em frente ao hospital
Politica
Publicado em 13/12/2023

Os corpos foram colocados em fileira no chão pela polícia, após o hospital recusar em recebê-los. (Foto: Reprodução)

Segundo informações, a direção da unidade hospitalar recusou receber os mortos para atestar o óbito

 

 

 

Quatro homens, suspeitos de pertencerem a uma facção criminosa e envolvidos em diversos crimes na região de Viana e cidades próximas, foram mortos durante um confronto com a Polícia Militar do Maranhão nesta terça-feira (12).

 

Os corpos permaneceram no chão em frente ao Hospital Regional Dr. Antônio Hadade, em Viana, por aproximadamente 2 horas devido à recusa da direção do hospital em recebê-los para certificar os óbitos e encaminhá-los para a perícia no Instituto Médico Legal (IML) de São Luís.

 

Após a recusa, os corpos foram colocados em fileira no chão pela polícia, gerando imagens que circularam rapidamente nas redes sociais.

 

A intervenção do Ministério Público do Maranhão foi necessária para autorizar a transferência dos corpos para o necrotério do hospital, após a negativa inicial da unidade em recebê-los.

 

O confronto ocorreu após a polícia ter respondido a um chamado para cumprir um mandado de prisão contra Dhemerson Silva Dias, conhecido como “DH” ou “Onça”, emitido pela 3ª Vara de Justiça de Itapecuru-Mirim.

 

Ao chegar ao local indicado, no povoado São Felipe, zona rural de Viana, os policiais foram recebidos a tiros por criminosos escondidos em um casebre. Em resposta ao ataque, os policiais atiraram e quatro suspeitos, incluindo o alvo do mandado e Gilmarly Andrade Costa, foragido do sistema prisional do Maranhão desde setembro do mesmo ano, foram atingidos e não resistiram aos ferimentos.

 

No local, foram apreendidas motocicletas roubadas, drogas, dinheiro, munição, um colete à prova de balas e três armas de fogo: um revólver calibre 32, uma pistola calibre .40 e outra calibre 380. A Polícia Militar afirmou que o grupo era ligado a uma facção criminosa e suspeito de cometer diversos crimes, como homicídios, tráfico de drogas, corrupção de menores, roubos e assaltos nas cidades de Viana, Matinha, Olinda Nova do Maranhão e Penalva.

 

A situação dos corpos expostos por cerca de duas horas em frente ao hospital decorreu da alegação da PM-MA de que é procedimento padrão a unidade receber os corpos para que um médico possa atestar o óbito, especialmente quando há suspeitas de que algum dos feridos possa ainda estar vivo.

 

O Comando do 36º Batalhão da PM-MA em Viana teve que solicitar a intervenção do Ministério Público do Maranhão para que os corpos fossem aceitos no necrotério do hospital e, posteriormente, encaminhados para a perícia no Instituto Médico Legal em São Luís.

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