Os corpos foram colocados em fileira no chão pela polícia, após o hospital recusar em recebê-los. (Foto: Reprodução)
Segundo informações, a direção da unidade hospitalar recusou receber os mortos para atestar o óbito
Quatro homens, suspeitos de pertencerem a uma facção criminosa e envolvidos em diversos crimes na região de Viana e cidades próximas, foram mortos durante um confronto com a Polícia Militar do Maranhão nesta terça-feira (12).
Os corpos permaneceram no chão em frente ao Hospital Regional Dr. Antônio Hadade, em Viana, por aproximadamente 2 horas devido à recusa da direção do hospital em recebê-los para certificar os óbitos e encaminhá-los para a perícia no Instituto Médico Legal (IML) de São Luís.
Após a recusa, os corpos foram colocados em fileira no chão pela polícia, gerando imagens que circularam rapidamente nas redes sociais.
A intervenção do Ministério Público do Maranhão foi necessária para autorizar a transferência dos corpos para o necrotério do hospital, após a negativa inicial da unidade em recebê-los.
O confronto ocorreu após a polícia ter respondido a um chamado para cumprir um mandado de prisão contra Dhemerson Silva Dias, conhecido como “DH” ou “Onça”, emitido pela 3ª Vara de Justiça de Itapecuru-Mirim.
Ao chegar ao local indicado, no povoado São Felipe, zona rural de Viana, os policiais foram recebidos a tiros por criminosos escondidos em um casebre. Em resposta ao ataque, os policiais atiraram e quatro suspeitos, incluindo o alvo do mandado e Gilmarly Andrade Costa, foragido do sistema prisional do Maranhão desde setembro do mesmo ano, foram atingidos e não resistiram aos ferimentos.
No local, foram apreendidas motocicletas roubadas, drogas, dinheiro, munição, um colete à prova de balas e três armas de fogo: um revólver calibre 32, uma pistola calibre .40 e outra calibre 380. A Polícia Militar afirmou que o grupo era ligado a uma facção criminosa e suspeito de cometer diversos crimes, como homicídios, tráfico de drogas, corrupção de menores, roubos e assaltos nas cidades de Viana, Matinha, Olinda Nova do Maranhão e Penalva.
A situação dos corpos expostos por cerca de duas horas em frente ao hospital decorreu da alegação da PM-MA de que é procedimento padrão a unidade receber os corpos para que um médico possa atestar o óbito, especialmente quando há suspeitas de que algum dos feridos possa ainda estar vivo.
O Comando do 36º Batalhão da PM-MA em Viana teve que solicitar a intervenção do Ministério Público do Maranhão para que os corpos fossem aceitos no necrotério do hospital e, posteriormente, encaminhados para a perícia no Instituto Médico Legal em São Luís.