Correio do Brasil
Na contramão dos fatos, senadores da oposição ao governo reconhecem a dificuldade, mas ainda acreditam na possibilidade de bloquear a nomeação do atual ministro da Justiça e Segurança Pública. A esperança dos opositores, da direita à extrema direita, reside na votação secreta e na possibilidade de traições de parlamentares que afirmam ser favoráveis mas, no momento da votação, mudam de lado.
Líder do governo Lula (PT) no Senado, Jaques Wagner (PT) previu nesta quarta-feira que o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), terá seu nome aprovado pelos senadores "sem nenhuma dificuldade". O ex-governador baiano destacou que o governo geralmente conta com uma média de 50 votos para aprovar projetos, nove a mais do que o necessário para confirmar a nomeação de Flávio Dino.
Na contramão dos fatos, senadores da oposição ao governo reconhecem a dificuldade, mas ainda acreditam na possibilidade de bloquear a nomeação do atual ministro da Justiça e Segurança Pública. A esperança dos opositores, da direita à extrema direita, reside na votação secreta e na possibilidade de traições de parlamentares que afirmam ser favoráveis mas, no momento da votação, mudam de lado.
O quadro, no entanto, mudou completamente a favor de Flávio Dino nesta quarta-feira, após a decisão de o presidente Lula (PT) entrar em cena para buscar o maior apoio possível ao seu indicado. Lula passou boa parte da manhã em contato com os cerca de 20 senadores indecisos.
A sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa ocorrerá dentro de uma semana, no próximo dia 13. Lula planeja, durante o período, telefonar para cada um destes parlamentares.
Assessores próximos ao presidente disseram nesta manhã, à reportagem do Correio do Brasil, que a decisão do presidente “beira o preciosismo”, uma vez que a liderança do governo prevê, no mínimo, 50 votos em seu favor, quando o número necessário para a aprovação é de apenas 41 indicações positivas.