Entre os meses de março e abril deste ano, 36% dos leitos pediátricos nos hospitais públicos no Maranhão foram ocupados
O crescimento no número de crianças com sintomas da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi constatado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Entre os meses de março e abril deste ano, 36% dos leitos pediátricos nos hospitais públicos no Maranhão foram ocupados.
Já em São Luís, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), 63 crianças com influenza foram atendidas em unidades hospitalares sob responsabilidade da prefeitura. Nenhuma criança, porém, chegou a ser internada.
Na última sexta-feira (19) um boletim divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicou o crescimento de internações de crianças por SRAG, em todo o Brasil. Segundo dados da Fiocruz, há tendência de alta nas internações, em 19 Estados. Em 13 unidades federativas, contudo, o aumento de internações infantis é volumoso.
Para Marcelo Gomes, pesquisador e coordenador do novo Boletim do InfoGripe da Fiocruz, há difusão de diversos tipos de vírus, no Maranhão. Entre as crianças, o vírus sincicial respiratório tem sido um dos mais presentes.
“O aumento, semana após semana, das novas internações associadas à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas crianças pequenas, especialmente entre este público, até os dois a quatro anos de idade, o [vírus] sincicial é o que a gente tem observado mais, mas a gente também vê Influenza B associada. Em algumas crianças muito pequenas, uma ou outra associada à Covid-19. Então, tem uma série de vírus respiratórios que estão presentes entre a população; que estão circulando”, disse Marcelo Gomes.
O boletim disponibilizado pela Fiocruz indica, também, uma intensificação no número de pacientes hospitalizados com influenza, entre o público adulto.
“Por isso, é tão importante a gente lembrar da vacinação. A gente está falando de Influenza B, observando internações, e a influenza B tá contemplada na vacina da gripe. A vacina da gripe contém influenza A, contém influenza B, e essa vacina é justamente para diminuir o risco de internações”, afirmou Marcelo Gomes, ao destacar a importância da imunização no combate à doenças respiratórias.
