Coronel da FAB é assassinado e garota de programa assume a identidade dele por quatro meses
Politica
Publicado em 27/03/2023

Para que ninguém sentisse falta de Roberto Perdiza, a mulher mandava mensagens para a família e amigos do celular do coronel. Até que - por um descuido - toda a farsa foi revelada e crime foi descoberto pela polícia

 

 

O assassinato de um coronel da reserva da Força Aérea Brasileira foi escondido por quatro meses no Rio Grande do Norte. Uma garota de programa matou Roberto Perdiza e assumiu a identidade dele para que a família e os amigos não sentisse a falta do oficial. O caso foi revelado pelo Fantástico, da TV Globo.

 

Perdiza conheceu Jerusa em uma casa noturna há três anos. Os dois passaram a viver juntos em agosto do ano passado, justamente quando ele foi visto pela última vez. O zelador do prédio foi o primeiro a sentir falta do coronel e acionou a irmã do coronel, que mora em São Paulo.

 

Nos dias seguintes, a família e os amigos estranharam o sumiço de Perdiza. Eles conseguiam contato apenas por mensagens e recebiam fotos do coronel, como se ele estivesse vivo e aproveitando a vida com tranquilidade.

 

Em setembro, Jerusa passou a receber muitos corretores e tinha pressa para tentar vender o apartamento de Perdiza. O imóvel, avaliado em R$ 250 mil, era oferecido por R$ 190 mil para acelerar a venda.

 

O sumiço e os tons das mensagens de texto foram mudando, o que intrigou os familiares e um amigo próximo, que acabou procurando a polícia. Jerusa tentou atrapalhar as investigações e chegou a dizer que tinha falado com o oficial por ligação de vídeo, e que ele estaria no Rio de Janeiro.

 

Porém, a investigação mudou após um corpo ser encontrado em Macaíba, perto de Natal, sem a cabeça e sem as mãos três meses após o desaparecimento de Perdiza. Um novo pente fino nas imagens de segurança do prédio em que o coronel morava ajudaram a polícia fechar o quebra-cabeça.

 

Após sair de casa em agosto, Perdiza foi até um bar, onde acabou se encontrando com a garota de programa. Os dois foram até um motel e ficaram lá por 2 horas. Na saída, Jerusa chamou o matador de aluguel, que estava disfarçado de motorista de aplicativo. Perdiza foi morto a tiros e depois teve a cabeça e as mãos cortadas para tentar dificultar a identificação da vítima

 

Jerusa foi presa em dezembro e vai responder por latrocínio e pode pegar 30 anos de prisão. O matador de aluguel foi preso em janeiro deste ano e também vai responder pelos mesmos crimes.

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