Mulher com mais de 600 mil seguidores é indiciada por arrecadar R$ 129 mil em sorteios ilegais
Politica
Publicado em 28/02/2023

Segundo a polícia, em ao menos sete oportunidades, a influenciadora realizou sorteios de quantias em dinheiro na internet sem autorização

 

A 2ª Delegacia Especializada no Combate a Crimes de Menor Potencial Ofensivo (2ª DEIMPO) de Palmas, indiciou na segundafeira, 27, uma mulher, que não teve o nome divulgado pela polícia, por realizar sorteios ilegais pela internet. De acordo com as investigações, ela vendia rifas a preços muito baixos nas redes sociais e chegou a arrecadar R$ 129 mil em pouco mais de 45 dias.

 

Segundo a polícia, os fatos ocorreram integralmente em ambiente virtual, por meio de uma plataforma eletrônica em que ela comercializava as rifas digitais e, em ao menos sete oportunidades, a indiciada realizava sorteios de quantias em dinheiro.

 

Ela vendia cada rifa por centavos de real (exemplo: R$ 0,11; R$ 0,22, R$ 0,23 e R$ 0,54), e chegou a arrecadar R$ 129 mil.

 

Ainda de acordo com as investigações, a mulher contou com o apoio de uma influencer, que lhe disponibilizou, também eletronicamente, centenas de outros seguidores dispostos a adquirir as referidas rifas. A mulher possuía mais de 600 mil seguidores nas redes sociais.

 

A indiciada também não possuía autorização da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (SECAP), órgão do Ministério da Fazenda responsável pelo controle da atividade lotérica no Brasil.

 

A polícia ressalta que a prática enquadra-se no tipo contravencional intitulado como loteria não autorizada, previsto no art. 51, do Decreto-Lei nº 3.688/41 (Lei das Contravenções Penais).

 

Esquema

 

De acordo com a polícia, os sorteios são cadastrados em uma plataforma digital que são disponibilizados ao ganhador dinheiro ou bem (celular, carro e outros).

 

Há uma espécie de "casadinha", ou seja: quem adquire mais rifas ganha certa quantia em dinheiro, geralmente R$ 1 mil, vez que a intenção é a venda total das rifas que são de 100 mil bilhetes oferecidos.

 

Em uma conta fácil, se são vendidas as 100 mil rifas a preço irrisório de R$ 0,23 centavos, o operador arrecada R$ 23 mil, dos quais serão retirados R$ 3 mil para o ganhador, R$ 247 são pagos para cadastrar a rifa na plataforma e o restante, R$ 19 mil, vai para o bolso do operador em pouco menos de uma semana.

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