Novo Ministro da Justiça quer federalizar investigações e diz que prometeu solução à família da vereadora morta em 2018. Ao tomar posse, ele se comprometeu a investigar crimes contra o Estado democrático de direito
O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tomou posse nesta segunda-feira (02/01) em Brasília com um discurso em defesa do Estado democrático de direito e carregado de mensagens diretas aos manifestantes que defendem um golpe de Estado no país.
Dino afirmou que é uma "questão de honra" solucionar o assassinato da vereadora Marielle Franco do Psol, em 2018 no Rio de Janeiro. Ele sugeriu federalizar as investigações sobre o caso, mas, para que isso venha a ocorrer, é necessário um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Ele mencionou uma promessa feita à família de Marielle de que a Polícia Federal (PF) vai apurar quem matou e quem ordenou a morte da vereadora. Os atiradores foram presos, mas até hoje ainda não foi esclarecido quem foram os mandantes do crime.
"Eu disse à ministra Anielle [irmã de Marielle] e a sua mãe que é uma questão de honra do Estado brasileiro empreender todos os esforços possíveis e cabíveis, e a Polícia Federal assim atuará, para que esse crime seja desvendado definitivamente e nós saibamos quem matou Marielle e quem mandou matar Marielle Franco naquele dia no Rio de Janeiro", disse Dino.
Anielle Franco, nomeada ministra da Igualdade Racial do novo governo, vê com bons olhos a ideia de federalizar o caso, embora sua família fosse contra a medida durante o governo Bolsonaro. "Estamos respirando ares melhores", afirmou, citada pelo jornal.