Embalagens de vidro, que seriam descartadas na natureza, são transformadas em produtos artesanais por estagiário do Naturatins
Ana Elisa Martins/Governo do Tocantins
Victor Ramalho, estagiário da Diretoria de Gestão e Regularização Ambiental, expõe seu trabalho com embalagens de vidros recicláveis na sede do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), em Palmas. A exposição ocorrerá até a programação do Dia Internacional da Mulher, quando o estagiário ofertará uma oficina às servidoras interessadas a aprender a técnica utilizada por ele. A proposta da ação é promover a conscientização do descarte de lixo que pode ser reaproveitado e, assim, diminuir os danos e impactos ao meio ambiente.
Após participar de um projeto de identificação de lixo em terrenos de áreas urbanas e rurais num curso de perito ambiental, o estagiário teve a ideia de realizar o trabalho com os vidros. “A gente fazia várias limpezas na área urbana e rural e, quando voltávamos, após um tempo, aquele lixo estava ali de novo. E eu pensei que precisava trazer esse material de volta para o reuso porque sabia que esse material leva muitos anos, e até séculos para se decompor”, contou o estagiário que encontrou na produção artesanal a forma de reaproveitá-los. “Assim, inventei de cortar essas garrafas e fazer jarra, fazer copo. Tanto para uso mesmo, quanto para lembrança, deixar em uma mesa de escritório e etc. São vários modelos que eu criei e é uma forma também para que a natureza possa se recuperar”, destacou.
Os materiais reutilizados são garrafas como as de cerveja, vinho e refrigerante, que estejam preferencialmente inteiras. “Se ela estiver quebrada só alguma coisinha, não tem problema, a gente reusa a parte que não foi danificada”, ponderou. Para iniciar o processo de transformação artesanal, o material passa ainda por um processo de limpeza e higienização que dura em torno de 4 a 5 dias.
O trabalho que Victor realiza desperta o interesse dos colegas de trabalho, que além de terem convidado para fazer a exposição e ofertar a oficina, tem gerado a consciência nas práticas pessoais de cada um na gestão de lixo. “É um trabalho que a gente vê quase como insignificante? Sim, mas se você vai conscientizando as pessoas, um faz, o outro faz, a pessoa vê aquele trabalho e ela fala: ‘nossa eu tenho uma garrafa lá em casa, vou trazer para você’ e então ela traz, outra também traz e assim vamos fazendo um trabalho de formiguinha que gera uma consciência. Isso faz as pessoas verem aquele lixo com outros olhos, depois de verem ele totalmente transformado no reuso”, argumentou. Para saber mais sobre o trabalho realizado por Victor e doação de vidros, seu contato é o (63) 99134-4037.